Política
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Por Fabio Murakawa e Andrea Jubé — De Brasília

A ala política do governo e da campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro admite, sob reserva, que fracassou em tentar moderar o comportamento do pré-candidato. Bolsonaro deve manter nos próximos dias a tática de tentar desacreditar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o sistema de votação eletrônica, com suspeitas sobre a segurança do sistema, mesmo sem a apresentação de qualquer evidência.

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Bolsonaro tem ignorado os apelos de manter uma retórica mais institucional. Uma fonte próxima a ele disse ontem ao Valor, sob a condição de anonimato, que desistiu de aconselhar Bolsonaro nesse sentido.

Aliados afirmam que Bolsonaro irá insistir que venceu as eleições de 2018 em primeiro turno - não no segundo turno, como apontam os resultados oficiais divulgados pelo TSE. Ele nunca apresentou um elemento sequer que sustente essa tese e já admitiu, mais de uma vez, em eventos transmitidos ao vivo, de que não dispõe de provas do que fala.

A reunião de anteontem no Palácio da Alvorada, em que Bolsonaro tentou desacreditar o sistema eleitoral diante de chefes de delegações de países estrangeiros, também divide opiniões no entorno do presidente.

Comemorado nas redes sociais, o aplauso dos embaixadores ao final da fala presidencial foi visto com desconfiança por alguns.

“Com diplomatas, você nunca sabe se aplaudem o presidente e depois enviam um telegrama com críticas [para as respectivas chancelarias]”, disse uma fonte.

Em meio à repercussão negativa na mídia, em parte do Congresso e no Judiciário, o núcleo da campanha acredita que o episódio será superado.

Para isso, todas as apostas se voltam para a convenção nacional do PL, no domingo, que vai homologar a candidatura do presidente à reeleição.

A ideia é de que o ato seja um grande marco da campanha, e delimite uma guinada da candidatura presidencial. Aliados acreditam que a partir desse momento, “a campanha vai esquentar”.

Entretanto, não se sabe que postura Bolsonaro adotará no evento. Aliados no Planalto e na campanha classificam o comportamento do presidente como “imprevisível” e dizem que ele costuma agir na base do instinto.

Embora nos bastidores membros do Centrão, que defendem um Bolsonaro de perfil menos radical, reclamem que não são ouvidos, o núcleo da campanha ainda acredita que o presidente aceitará adotar um tom menos incendiário na convenção do PL - um ato previsto para mais de 10 mil pessoas, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

A ideia é que o presidente leia um discurso, exaltando as realizações de seu governo, como a redução do preço dos combustíveis, o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, e do vale-gás, e outros benefícios, como vouchers de R$ 1 mil para caminhoneiros.

Nessa fala, ele não faria ataques às urnas nem às instituições democráticas, e estaria acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

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