Celular
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Os celulares de vitrine chamam a atenção de muitas pessoas. Utilizados em balcões de lojas para que consumidores experimentem o produto antes da aquisição, esses aparelhos são vendidos com descontos de até 50% quando há a renovação do estoque ou até mesmo quando um celular específico sai de linha. Mas será que vale a pena optar por um aparelho que vivia exposto em estabelecimentos comerciais? De cara, já podemos dizer que é uma alternativa arriscada: além de serem mais suscetíveis à apresentação de defeitos no curto prazo, esses smartphones podem trazer riscos de acidentes para o usuário.

Em julho de 2022, um iPhone de vitrine explodiu e feriu os olhos de um agricultor cearense, que perdeu 80% da visão do olho direito e 20% do olho esquerdo. Nas linhas a seguir, o TechTudo traz detalhes sobre os celulares de vitrine. Entenda os prós e contras e conheça os riscos que esses aparelhos podem trazer ao consumidor.

Unidade de iPhone 13 “de vitrine” em loja de Brasília — Foto: Danilo Paulo de Oliveira/TechTudo
Unidade de iPhone 13 “de vitrine” em loja de Brasília — Foto: Danilo Paulo de Oliveira/TechTudo

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O que significa celular de vitrine?

O celular de vitrine, como o próprio nome sugere, é o produto que fica exposto em lojas físicas. Esses aparelhos podem ficar tanto dentro de um balcão de vidro, acessado apenas pelos vendedores, quanto em uma bancada para os consumidores testarem. Nos dois casos, os aparelhos já foram retirados da caixa e utilizados em algum momento.

Algumas lojas optam por vender esses aparelhos quando o estoque é renovado ou o produto sai de linha. No geral, esses dispositivos são comercializados com preços mais acessíveis, podendo ser uma alternativa para quem deseja economizar ao comprar um smartphone.

Celular de vitrine é usado?

Os celulares de vitrine são usados, mas nem sempre estão expostos para qualquer pessoa utilizar. Há algumas lojas que preferem manter os aparelhos guardados no balcão, visíveis através de uma proteção de vidro. Para testá-lo, o consumidor precisa solicitar ao lojista. Mas também existem estabelecimentos comerciais que deixam os aparelhos ligados sem parar em cima de mesas, para que todos possam experimentá-los.

Homem segurando Galaxy S23 — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
Homem segurando Galaxy S23 — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

A depender do grau de exposição, o telefone pode ficar mais suscetível a avarias, como quedas e arranhões. A bateria também pode sofrer impactos com esse tipo de uso. Isso porque os aparelhos permanecem conectados ao carregador por semanas para a demonstração, reduzindo o tempo de vida útil do produto.

Como funciona a venda de um celular de vitrine?

Nem todas as lojas chegam a vender celulares em exposição. Em um estabelecimento do Rio de Janeiro (RJ) visitado pelo TechTudo, por exemplo, os computadores da vitrine estavam à venda com descontos de até 50%. Entretanto, não havia smartphones na mesma condição: no catálogo, só havia as unidades novas, na caixa.

iPhones de vitrine em exposição — Foto: Danilo Paulo de Oliveira/TechTudo
iPhones de vitrine em exposição — Foto: Danilo Paulo de Oliveira/TechTudo

Quando os estabelecimentos comerciais disponibilizam o celular usado para compra, nem sempre há um anúncio específico. Embora a loja não informe claramente que o mostruário está à venda, muitos varejistas aceitam negociações quando são procurados por consumidores interessados pelo smartphone de vitrine. Portanto, consulte os vendedores para saber mais informações sobre os dispositivos disponíveis para compra.

Há riscos ao usar?

Os celulares de vitrine são aparelhos utilizados com mais intensidade. Isso significa que o smartphone pode sofrer degradações mais intensas com o tempo, como arranhões e até problemas em alguns componentes. É o caso da bateria que, como ressaltado anteriormente, pode ter o seu tempo de vida útil reduzido, pois o aparelho tende a permanecer semanas ligado ao carregador. Há ainda modelos cujas peças são substituídas por alternativas “de terceira linha”, conforme apurou o TechTudo.

Portanto, celulares de vitrine podem tanto apresentar desempenho inferior e defeitos no curto prazo quanto trazer riscos mais sérios aos consumidores. Em julho de 2022, um iPhone comprado nessas condições entrou em combustão no Ceará, atingindo os olhos do proprietário do telefone.

Consumidora critica os vários problemas do iPhone de vitrine — Foto: Reprodução/Internet
Consumidora critica os vários problemas do iPhone de vitrine — Foto: Reprodução/Internet

Celular de vitrine vale a pena?

O celular de vitrine traz uma vantagem que atrai os olhares de qualquer pessoa: a economia. Afinal, quem não gostaria de comprar um iPhone 14 com 50% de desconto? Mas o barato pode sair caro: como o aparelho já foi retirado da caixa, não há como atestar a procedência do dispositivo.

Unidade de iPhone 13 “de vitrine” em loja de Brasília — Foto: Danilo Paulo de Oliveira/TechTudo
Unidade de iPhone 13 “de vitrine” em loja de Brasília — Foto: Danilo Paulo de Oliveira/TechTudo

Nesse caso, vale a pena conferir outras opções. É o caso dos programas de desconto na troca do telefone antigo ao comprar um aparelho novo. Os consumidores também podem aproveitar as possibilidades do mercado de usados. A depender do dispositivo escolhido, ainda é importante considerar as gerações anteriores que oferecem quase os mesmos recursos por um preço mais acessível.

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