O Brasil continua com o juro real mais alto do mundo, de 7,80% ao ano, após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manter a Selic em 13,75% ao ano nesta quarta-feira (26). O juro real é a taxa descontada da inflação esperada para os próximos 12 meses. O dado é de um levantamento elaborado pela gestora de fundos de investimentos Infinity.
O país passou a ficar em primeiro lugar no pódio desde o encontro do Copom em março, quando a taxa básica de juros aumentou pela décima vez consecutiva, para 12,75% ao ano. Abaixo do Brasil, estão México, Colômbia, Chile e Hungria, nessa ordem.
Ranking mundial de juro real
Posição | País | Juro real (em %) |
1 | Brasil | 7,80 |
2 | México | 5,37 |
3 | Colômbia | 5,16 |
4 | Chile | 4,83 |
5 | Hungria | 3,72 |
6 | Hong Kong | 2,94 |
7 | Indonésia | 2,75 |
8 | Filipinas | 2,19 |
9 | Índia | 1,48 |
10 | África do Sul | 1,44 |
O ranking considera a inflação prevista para os próximos 12 meses coletada no boletim Focus do Banco Central, de 5,11%, e os juros futuros dos próximos 12 meses com vencimento em setembro de 2023.
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Em termos nominais, ou seja, sem descontar a inflação prevista, o Brasil está em segundo lugar, atrás da Argentina, onde a taxa básica de juros está em 75% ao ano. O país está atrás da Turquia, Hungria, Chile e Colômbia.
Ranking mundial de juro nominal
Posição | País | Juro nominal (em %) |
1 | Argentina | 75,00 |
2 | Brasil | 13,75 |
3 | Turquia | 13,00 |
4 | Hungria | 11,75 |
5 | Chile | 10,75 |
6 | Colômbia | 9,00 |
7 | México | 8,50 |
8 | Rússia | 7,50 |
9 | República Tcheca | 7,00 |
10 | Polônia | 6,75 |
As altas de juros ao redor do mundo continuam ganhando força, com cada vez mais bancos centrais indicando preocupação com a inflação. Entre 172 países, 37% mantiveram os juros, 59% aumentaram e apenas e 3% cortaram, da última reunião do Copom, em setembro, para cá.