Blog da Ana Flor

Por Ana Flor

Jornalista e comentarista da GloboNews. Acompanha as notícias de Brasília, da política econômica aos bastidores do poder.


Simone Tebet e Soraya Thronicke, as duas candidatas que participaram do debate presidencial neste domingo (29), somam menos de 5% das intenções de voto. Mas o tema da mulher, o preconceito e a misoginia dominou grande parte da discussão entre os seis postulantes à Presidência da República.

Debates conseguem desmontar estratégias de marqueteiros porque fazem o candidato quase sempre falar o que realmente pensa. Foi assim com Bolsonaro esbanjou ataques a mulheres, apesar das propagandas para diminuir sua rejeição entre o público feminino – hoje acima de 50%, segundo pesquisa Datafolha.

Bolsonaro atacou jornalistas, foi grosseiro com outras candidatas e, ao ser lembrado de quando disse que sua filha mulher foi uma fraquejada, desenterrou uma frase de Ciro Gomes de 2002 sobre a então mulher do candidato do PDT e que, naquela eleição, custou votos.

Veja também

Ao longo do debate, Bolsonaro falou em "vitimismo" e "mimimi" sempre que era relembrado dos ataques a mulheres. Suas fala moveram uma onda de solidariedade nas redes sociais e deram a chance para que Simone Tebet e Soraya Thronicke se mostrassem um pouco mais aos eleitores.

Em 2022, atacar mulheres e ser preconceituoso pode tirar ainda mais votos. Afinal, elas são 52% das eleitoras.

Webstories

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!