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MEC volta atrás e aumenta bloqueio de verbas de universidades e instituições federais para R$ 639 milhões

MEC volta atrás e aumenta bloqueio de verbas de universidades e instituições federais para R$ 639 milhões

O bloqueio da verba das universidades e institutos federais teve uma nova mudança de posição do governo nesta sexta-feira (2). Houve mais uma retenção de dinheiro.

O bloqueio deixou as instituições com o caixa vazio. Em junho foi feito o primeiro corte nas universidades, de R$ 438 milhões, que continuam bloqueados. Na segunda-feira (28), um novo bloqueio, que incluiu institutos federais: R$ 466 milhões.

Mas nesta quinta-feira (1°), por volta de 12h, a Andifes, Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, afirmou que o MEC tinha voltado atrás e o valor, liberado. Mas antes das 20h as instituições foram surpreendidas com um bloqueio ainda maior: R$ 639 milhões.

Na Universidade Federal de Minas Gerais, as contas estão no vermelho. Não há dinheiro para pagar fornecedores, serviços administrativos, de limpeza e segurança, e também bolsas dos estudantes.

“O anterior nos impedia de pagar contas para o próximo mês. Este agora, além de ser um bloqueio do orçamento, quer dizer além de nos impedir de pagar as contas futuras, ele nos impede de pagar as contas que já haviam sido empenhadas”, explica a reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida.

Na Universidade de Brasília, o caixa também está zerado.

“Ontem estava em R$ 13 milhões. Hoje de manhã, o valor bloqueado está em R$ 17,2 milhões, ou seja, zeraram o caixa da universidade e ainda retiraram o que está por vir. A situação é dramática, calamitosa, inacreditável”, relata a reitora da UnB, Márcia Abrahão.

Esse é mais um golpe nas universidades e institutos federais, que vêm sofrendo com a diminuição dos recursos. O orçamento do ensino superior em 2022 é o menor em dez anos.

Nesta sexta-feira (2), o Ministério da Educação divulgou uma nota informando que o ministro, Victor Godoy, tem buscado soluções junto ao Ministério da Economia. Mas não explicou por que o governo federal voltou atrás e desistiu de liberar recursos das universidades e institutos federais.

Já o Ministério da Economia informou que R$ 3,7 bilhões do orçamento do MEC estão congelados, para cumprir as regras fiscais e o teto de gastos.

A regra do teto limita o total de gastos do governo à inflação registrada em 12 meses até junho do ano anterior, mas não impede que gastos além do teto em uma área sejam compensados por economia em outras. A pasta não disse se há possibilidade de desbloquear os recursos das universidades até o fim do ano.

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