O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) subiu 11,5% em agosto ante julho, para 78,2 pontos – mas ainda está 32% abaixo de agosto do ano passado. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira pela entidade.
De acordo com a CNC, a alta em agosto ante julho foi recorde para o índice, cuja série começa em 2010, sendo ainda a segunda taxa mensal positiva consecutiva.
Um dos três componentes do Icec, as expectativas puxaram a alta recorde, subindo 17,8% em agosto ante julho, para 127,1 pontos. Na comparação com agosto do ano passado, porém, elas caíram 18,7%.
As condições atuais, por sua vez, subiram 5,9% em agosto ante julho, para 36,9 pontos, mas ainda se encontram 58,2% abaixo de agosto do ano passado.
Por fim as intenções de investimento tiveram alta de 4,3% em agosto ante julho, para 70,5 pontos, com recuo de 29,8% na comparação com agosto do ano passado.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a alta recorde, mesmo em tempo de pandemia, ocorre devido aos sinais graduais de retomada econômica do país.
“Os indicadores de atividade dos principais setores da economia têm mostrado que o ‘fundo do poço’ dessa crise ficou mesmo em abril. Além disso, apesar das restrições que a covid-19 ainda impõe para as vendas físicas, o varejo tem viabilizado parte do faturamento pelo comércio eletrônico e outros canais digitais”, disse Tadros.
Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa, informou que cresceu a proporção de empresários que esperam melhora do nível de atividade econômica nos meses à frente, para 64,7% em agosto, contra 50,8%, em julho.
"Por outro lado, as avaliações correntes da economia estão em nível ainda muito baixo, a 85 pontos do nível pré-pandemia”, ressaltou ela em informe da CNC sobre o índice.