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Por Tomás Hammes — Porto Alegre


No momento em qual atravessa a primeira crise da temporada, o Inter vê o sorteio na fase de grupos da Libertadores como uma chance de retomada. O time de Mano Menezes caiu no Grupo B, com Nacional (Uruguai), Metropolitanos (Venezuela) e Independiente Medellín (Colômbia) neste início de caminhada pelo tricampeonato do torneio.

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Bicampeão da Libertadores (2006 e 2010), o Colorado disputará a competição pela 15ª vez e volta após ficar ausente no ano passado, quando disputou a Copa Sul-Americana e acabou eliminado nas quartas de final pelo Melgar, do Peru.

Na mais recente participação, os gaúchos caíram nas oitavas para o Olimpia. Em ambos os casos, o time sucumbiu nos pênaltis. Mesma forma que acabou de ser despachado pelo Caxias, na semifinal do Gauchão.

A logística será um fator a superar. A distância a Montevidéu não será um obstáculo, já que Porto Alegre está a 804 km. No entanto, o Inter precisará realizar um deslocamento de 4.083 km até Medellín, na Colômbia, e 4.816 km a Caracas, Venezuela.

O Colorado, que adota um discurso de respeito aos rivais, já trabalha para minimizar o desgaste. A direção fretou voos para a Sul-Americana no ano passado e planeja repetir a mesma estratégia.

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Confira a análise dos rivais do Inter:

Independiente Medellín

Inter e Independiente Medelín mudaram de torneio, mas seguem no mesmo grupo. O time colombiano foi o segundo adversário de Mano Menezes na Sul-Americana do ano passado, quando venceu por 1 a 0, gol de Alemão. Na ocasião, o duelo ocorreu em Pereira em razão de um show de Maluma no Atanasio Girardot. No Beira-Rio, nova vitória, agora por 2 a 0. Edenilson fez os dois na ocasião.

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O DIM faz um Campeonato Colombiano modesto. Aparece apenas em 10º lugar, com 12 pontos, oito atrás do líder América de Cali. Vem de três jogos invicto, com duas vitórias e um empate. A campanha fraca no nacional é fruto dos problemas de lesões enfrentados e o fato de ter priorizado as fases eliminatórias da Libertadores, quando superou El Nacional, do Equador, e Magallanes, do Chile.

O argentino Luciano Pons é o principal jogador do time de David González. Na atual temporada, disputou 13 partidas, com quatro gols e três assistências. Marcou no clássico com o Nacional, no empate em 1 a 1, e fez dois na vitória por 2 a 0 sobre o Magallanes.

Wanderson enfrentou o Independiente Medellin no ano passado pela Sul-Americana — Foto: Divulgação / Conmebol

Time-base: Andrés Mosquera; Jordy Monroy, Victor Moreno, Andrés Cadavid e Daniel Londoño; Daniel Torres, Jaime Alvarado, Felipe Pardo, Miguel Monsalve e Batalla; Luciano Pons.

Metropolitanos

O time venezuelano é estreante na Libertadores. Com apenas 11 anos, o Metropolitanos, que também disputou a Copa Sul-Americana em 2022, entra no principal torneio continental como o atual campeão do país.

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O clube manteve a base da equipe que levou a taça, mas não repete o desempenho na atual temporada. Está em penúltimo, com apenas quatro pontos, um a mais que o lanterna Universidad Central de Venezuela.

Metropolitanos enfrentou o Athletico-PR na Copa Sul-Americana do ano passado — Foto: REUTERS/Manaure Quintero

O Metropolitanos aposta em jovens, que acumulam passagens pela seleção, como Andrés Ferro, Freddy Vargas e Christian Larotonda. O técnico é José María Morr, que comanda o clube há três anos.

O principal nome do time é Charlis Ortíz. O experiente jogador de 36 anos acumula passagens por Deportivo Táchira, Anzoatégui e La Guaira. Assim como a equipe, tenta melhorar o desempenho. Após balançar as redes em 11 oportunidades no ano passado, até o momento só fez um em seis partidas.

Time-base: Giancarlo Schiavone; Christian Camarillo, Andrés Ferro, Steven Pabón e Néstor Cova; Christian Larotonda, Edwin Laszo, Carlos Cermeño, Robinson Flores, Freddy Vargas e Charlis Ortíz.

Nacional

Enfrentar o Bolso, como o Nacional é chamado por seus hinchas, virou algo corriqueiro ao Inter. As equipes já duelaram em quatro edições da Libertadores. Em 1980, os uruguaios derrotaram os gaúchos na final, mas em 2006, o Colorado passou pelo rival para conquistar pela primeira vez a América.

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O ex-time de Carlos de Pena teve um início conturbado no Campeonato Uruguaio. O técnico Ricardo Zielinski acabou demitido e a direção recorreu a Alvaro Gutierrez, um velho conhecido. Na estreia, já conquistou a vitória por 3 a 0 sobre o River Plate. O profissional está na terceira passagem e, em todas assumiu em meio às competições. Nas duas anteriores, acabou com o título nacional.

Emmanuel Gigliotti é a principal esperança de gols do Nacional — Foto: Divulgação/Club Nacional de Football

Guti prioriza organizar o time primeiro pela defesa. O técnico recolocou o experiente Diego Polenta na equipe. Sergio Rochet, titular da seleção, é o grande destaque. No comando do ataque, a aposta recai em Emmanuel Gigliotti. O ex-jogador do Independiente, de Avellaneda, tem três gols em nove jogos na temporada. No ano passado, balançou as redes em 14 oportunidades.

Time-base: Sergio Rochet; Leandro Losano, Fabian Nogueira, Diego Polenta e Camilo Candido; Leandro Lozano, Diego Zabala, Gaston Pereiro, Yonathan Rodríguez e Federico Martínez; Emmanuel Gigliotti.

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