Um jantar na Residência Oficial da Presidência da Câmara dos Deputados reuniu parlamentares da base do governo, oposição, além de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente Jair Bolsonaro. O motivo da reunião foi uma homenagem ao ministro da Corte, Gilmar Mendes, que completou nesta quarta-feira 20 anos como ministro do STF.
Além do anfitrião, o presidente da Câmara dos Deputado, Arthur Lira (PP-AL), estavam presentes o presidente do Sendo, Rodrigo Pacheco; os ministros do STF Alexandre de Moraes, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli; os ministros de estado Ciro Nogueira e Anderson Torres; e parlamentares, como os deputados Aécio Neves (PSDB), Reginaldo Lopes (PT) e Elmar Nascimento (União).
Segundo um dos presentes, o presidente Jair Bolsonaro estava mais isolado e não interagiu muito com os convidados. Alguns pronunciamentos foram feitos ao longo da confraternização, incluindo do ministro Ricardo Lewandowski, que teria falado "em defesa da democracia". Bolsonaro, relataram, ficou "com a cara ruim".
Além disso, Gilmar Mendes teve a oportunidade de agradecer a homenagem e afirmou que "tudo que queremos é que a política seja realizada pelos políticos". O ministro também disse que estava disposto a ouvir críticas e que é preciso diálogo.
O jantar acontece no mesmo dia em que a PF prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, em uma investigação que apura suspeitas de corrupção na pasta. A avaliação de interlocutores do governo é de que o caso deve abalar a campanha à reeleição de Bolsonaro, pois enfraquece o discurso de combate à corrupção que o elegeu há quatro anos.
Ao longo do jantar, Bolsonaro falou para alguns presentes que "todos seremos conhecidos pelas nossas obras".