Por Reuters


Placas de apoio a manifestações anti-racistas em Londres, em 6 de junho de 2020 — Foto: Henry Nicholls/Reuters

Milhares de manifestantes foram neste sábado às ruas de cidades da Europa, Austrália, Coreia do Sul e Japão em apoio aos protestos nos Estados Unidos pelo fim da brutalidade policial.

O boxeador Anthony Joshua em um protesto na Inglaterra, e 6 de junho de 2020 — Foto: Paul Childs/Reuters

Os atos simultâneos e globais realçam a crescente insatisfação com o tratamento dado pela polícia às minorias, cujo estopim foi o assassinato de George Floyd, em Mineápolis, em 25 de maio.

Protestos nos EUA tem o dia mais tranquilo desde a morte de George Floyd

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Negro, ele foi assassinado por um policial branco após ser imobilizado ao ter o pescoço pressionado pelo joelho do policial durante nove minutos. Apesar de Floyd suplicar por ajuda, os demais policiais não o ajudaram e apenas observaram a cena enquanto outras pessoas exigiram em vão que o policial parasse de asfixiá-lo.

Na Europa, uma onda de protestos antirracistas levou dezenas de milhares de pessoas às ruas. Em Londres, milhares de manifestantes ignoraram a chuva para se reunir na Parliament Square, usando máscaras em meio à ameaça do coronavírus, com faixas e gritos como “Sem justiça, sem paz, abaixo a polícia racista.”

Protesto em Varsóvia, em 4 de junho de 2020 — Foto: Kacper Pempel/Reuters

Em Berlim, na Alemanha, manifestantes lotaram a Alexanderplatz. Também houve atos em Hamburgo e Varsóvia. Em Paris, na França, autoridades proibiram protestos em frente à embaixada dos EUA e no gramado da Torre Eiffel. Centenas de pessoas lotaram a Praça da Concórdia, algumas com placas do movimento “Black Lives Matter”. A polícia instalou barreiras para impedir o acesso do público à representação norte-americana, que fica próxima ao local.

Manifestação contra o racismo em Berlin em 6 de junho de 2020 — Foto: Fabrizio Bensch/Reuters

Na região da Ásia e do Pacífico, as manifestações foram limitadas pelo coronavírus. Em Brisbane, na Austrália, a polícia contou 10 mil pessoas. Algumas delas vestiram bandeiras indígenas, exigindo que a polícia mude o tratamento dado aos aborígenes australianos. Em vários países, as faixas e gritos do público transcenderam a morte de Floyd e reclamaram do mau tratamento dado pelas forças policiais do mundo todo às minorias e populações fragilizadas.

Em Sydney, uma decisão judicial de última hora derrubou outra que impedia manifestações por causa do coronavírus, e milhares de pessoas promoveram uma passeata sob olhares da força policial. Em Tóquio, além de apoio ao “Black Lives Matter”, houve passeatas contra o tratamento dado a um homem curdo que foi parado enquanto dirigia e empurrado contra o chão.

Imagem de protesto em Luton, no Reino Unido, em 6 de junho de 2020 — Foto: Peter Cziborra/Reuters

“Eu quero mostrar que existe racismo no Japão agora”, disse Wakaba, uma estudante de 17 anos que não quis dar o seu sobrenome. Em Seul, dezenas de ativistas locais e estrangeiros se reuniram, alguns com máscaras com o escrito “Can’t Breath”, que em inglês significa “Não posso Respirar” e foram as últimas palavras de Floyd antes de morrer asssassinado pelo policial branco nos Estados Unidos.

Manifestação em homenagem a George Floydm em Seul, em 6 de junho de 2020 — Foto: Heo Ran/Reuters

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