Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

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Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

Por Bela Megale

Na véspera de chegar ao Brasil, Jair Bolsonaro está soltando fogo pelas ventas. O motivo, segundo aliados de primeira hora do ex-presidente, é o plano de segurança imposto pela Polícia Federal, a Secretaria de Segurança do Distrito Federal e outras autoridades sobre seu retorno.

Bolsonaro sonhava com uma chegada de grande impacto, com apoiadores no saguão do aeroporto de Brasília. A decisão tomada na reunião desta terça-feira de que ele sairá por uma rota alternativa e não terá contato com populares frustrou os planos do ex-presidente. No PL, seu partido, a crítica também é latente, com parlamentares afirmando que ele já é tratado como “presidiário”.

Em conversas com aliados, Bolsonaro deixou clara sua irritação e se queixou de ter que “sair pelos fundos”. Nos bastidores, coloca a imposição na conta do governo petista. O nome mais criticado é o do ministro da Justiça, Flávio Dino, já que a PF está no guarda-chuva da sua pasta.

Integrantes da corporação relataram à coluna que o protocolo de segurança foi decidido com base em questões técnicas, já que o aeroporto de Brasília é o maior hub do país e um tumulto no local poderia causar transtornos e até atrasar voos em diversas cidades.

Nesse cenário, a tendência é que nenhuma autoridade vá receber o ex-presidente no aeroporto, nem a sua esposa, Michelle Bolsonaro. É isso que defende, por exemplo, o general Braga Netto, que trabalha no PL e atua na operação de chegada de Bolsonaro.

O PL alugou um auditório no prédio onde fica a sede da sigla, em Brasília, para que Jair Bolsonaro se encontre com parlamentares e os cumprimente. O ex-presidente ordenou expressamente que nenhuma estrutura para falar em público seja organizada na região do aeroporto.

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