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Por Beth Koike — De São Paulo


Após cerca de cinco meses de conversas com várias idas e vindas, as negociações entre Cogna e Eleva Educação avançaram e podem ser concluídas neste mês. A transação envolve uma troca de ativos de educação básica entre as companhias. A Eleva pretende vender seu sistema de ensino em troca dos colégios da Cogna. Como as escolas têm um valor superior ao do material didático, essa diferença pode ser paga em ações da Eleva, que pretende abrir seu capital neste primeiro semestre, segundo o Valor apurou.

Ainda de acordo com fontes, as ações da Eleva concedidas como pagamento do acordo não dão direito a voto por determinado período, a fim de evitar discussões sobre governança. Esses papéis da Eleva, que tem entre os acionistas o empresário Jorge Paulo Lemann, ficariam com a Vasta, braço de serviços educacionais de ensino básico da Cogna que fez um IPO (oferta inicial de ações) na Nasdaq no ano passado.

Segundo projeções do BTG, o saldo para a Cogna é de R$ 1,6 bilhão. O banco avaliou o sistema de ensino da Eleva em R$ 400 milhões e as escolas da Cogna em cerca de R$ 2 bilhões, o equivalente a 11 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) previsto para este ano.

A transação faz sentido para ambas as companhias. A Eleva quer aumentar seu tamanho para chegar com mais robustez no IPO, cuja captação pretendida é de cerca de US$ 300 milhões. A Cogna tem 52 escolas de marcas reconhecidas como pH (RJ), Sigma (Brasília) e Motivo (PE). A receita líquida desse negócio somou R$ 480 milhões no acumulado dos nove primeiros meses do ano passado. A Red Balloon, rede de escolas de inglês para crianças, não faz parte da transação.

Caso a transação seja fechada, a Cogna deixa de atuar com escolas próprias, segmento que entrou em 2018 com intenção de fazer uma consolidação do mercado. No entanto, a companhia optou por direcionar seus esforços ao segmento de serviços educacionais para outras escolas, com a venda de material didático, plataformas educacionais e gestão escolar. É nesse braço da companhia que estão os sistemas de ensino Anglo, pH, Pitágoras, Líder em Mim, entre outros, e as editoras de livros didáticos Ática, Scipione, Saraiva, além da Plurall, plataforma de conteúdo digital e aulas on-line que atende mais de 1 milhão de alunos de escolas do país. Essa plataforma é a menina dos olhos da Cogna na educação básica e chamou atenção dos investidores no IPO da Vasta, que levantou US$ 405 milhões na oferta. A plataforma digital foi apresentada aos investidores em plena pandemia, quando as aulas foram obrigadas a migrar o sistema remoto.

Se fechar o negócio, a companhia incorpora ao seu portfólio o sistema de ensino da Eleva, que é adotado por cerca de 200 mil alunos de 300 escolas, e tem uma forte reputação.

As conversas entre os grupos educacionais são antigas. A primeira delas ocorreu em 2017 entre Eleva e Somos Educação. Nessa época, a Somos ainda pertencia ao fundo Tarpon. Em 2019, quando já havia sido vendida à Kroton (antigo nome da holding Cogna), houve uma outra tentativa, novamente sem sucesso.

No entanto, agora, o cenário é outro. A Eleva planeja uma abertura de capital nos próximos meses e quer apresentar uma companhia mais robusta e a Vasta vem sendo cobrada pelo mercado para realizar uma aquisição relevante na área de educação básica, após seu IPO.

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