Charles III pode perder súditos: países da Commonwealth discutem abandonar monarquia

Barbados abandonou a monarquia, mas seguiu no grupo de países que foram colonizados pelo Reino Unido; Jamaica também pode fazer o mesmo.

Por g1


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Com a ascensão do rei Charles III ao trono, políticos de antigas colônias britânicas no Caribe começaram a fazer campanha para tirar a família real da liderança de seus Estados.

Um grupo de 56 países nas Américas, África, Ásia, Europa e Pacífico formam o Commonnwealth, um conjunto de antigas colônias britânicas. Desses 56 países, 14 têm o líder da monarquia britânica como chefe de Estado. Esse número, no entanto, pode diminuir.

Barbados, uma das 12 nações caribenhas que são membros da Commonwealth, abandonou a rainha como chefe de Estado no ano passado. A Jamaica sinalizou que pode seguir o exemplo em breve, embora ambos permaneçam membros da Commonwealth.

Uma pesquisa de agosto mostrou que 56% dos jamaicanos são a favor da remoção do monarca britânico como chefe de Estado.

Mikael Phillips, um membro da oposição do parlamento da Jamaica, apresentou em 2020 uma moção apoiando a remoção.

Rainha Elizabeth II em imagem de 25 de abril 2012, em Londres — Foto: Ben Stansall/AFP/Arquivo

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O primeiro-ministro da Jamaica afirmou que o país vai lamentar a morte de Elizabeth, e o líder de Antigua e Barbuda ordenou que as bandeiras fiquem a meio mastro.

Há questionamentos a respeito de qual o papel que um monarca distante deve ter em suas nações no século 21.

Neste ano, houve um encontro de países da Commonwealth em Kigali, em Ruanda, e nessa ocasião alguns líderes já deixaram claro que não se sentiriam confortáveis com a transferência da coroa de Elizabeth II para Charles.

Em março. o príncipe William e sua esposa Kate fizeram uma turnê de oito dias para Belize, Jamaica e Bahamas. A viagem foi marcada por questionamentos a respeito do pagamento de reparações e pela pressão para que eles fizessem um pedido de desculpas pela escravidão.

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