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Por Redação do ge — Tóquio, Japão


Melhores momentos: Espanha 81 x 95 EUA pelas quartas do basquete masculino nas Olimpíadas de Tóquio

Melhores momentos: Espanha 81 x 95 EUA pelas quartas do basquete masculino nas Olimpíadas de Tóquio

Não conte com o fim da hegemonia americana no basquete masculino ainda. Os Estados Unidos mostraram sua força ao vencerem a Espanha, atual campeã mundial, por 95 a 81 na madrugada desta terça-feira em Saitama, e avançam às semifinais nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Os atuais tricampeões olímpicos aguardam o vencedor entre Austrália x Argentina para definir quem segue à disputa do ouro.

Kevin Durant enterra sozinho contra a Espanha — Foto: REUTERS/Gregory Shamus

Atual campeã mundial, a Espanha era favorita a medalhas, mas uma derrota inesperada para a Eslovênia na fase de grupos antecipou o confronto que muitos esperavam ver na final olímpica. Os europeus mostraram toda sua solidez coletiva e chegaram a abrir 10 pontos de vantagem no jogo. Mas os americanos, mesmo com um time montado sem muitos de seus melhores jogadores, ainda tinham uma penca de All-Stars em quadra, incluindo Kevin Durant.

O craque do Brooklyn Nets, maior cestinha dos Estados Unidos em Jogos Olímpicos, somou mais 29 pontos para sua conta na carreira. As cestas de 3 do ala no final do segundo período romperam a tampa do aro para os tricampeões olímpicos, que terminaram com 41% de aproveitamento em bolas de longa distância após um início com apenas três acertos em 17 tentativas. Jayson Tatum acrescentou 13 pontos, Jrue Holiday fez 12, Damian Lillard marcou 11 e Zach Lavine, 10.

Damian Lillard deixa Hernangomez para trás e bate para a bandeja — Foto: REUTERS/Brian Snyder

Destaque especial também para Draymond Green. O ala-pivô do Golden State Warriors foi o estabilizador de uma defesa que vinha sendo engolida pelos pivôs e alas mais altos da Espanha. Os números não mostram, mas a disposição de Green para fechar as infiltrações e voltar para o garrafão foi chave para a reação americana. Sob sua batuta, os Estados Unidos forçaram 17 desperdícios de bola dos espanhóis, o que compensou a desvantagem nos rebotes.

Ricky Rubio, da Espanha, faz a bandeja em cima de Bam Adebayo — Foto: REUTERS/Charlie Neibergall

Recentemente transferido para o Cleveland Cavaliers, Ricky Rubio foi o grande nome da Espanha. Cestinha da partida com 38 pontos, ele foi a única constante numa equipe que oscilou muito durante os 40 minutos. Sergio Rodriguez saiu bem do banco, com 16 pontos, e Wily Hernangomez marcou 10 pontos e 10 rebotes. O resto do elenco deixou a desejar.

O JOGO

Os americanos começaram melhor. A equipe tinha sucesso em negar os passes para o pivô no interior e saía em velocidade para aproveitar a defesa espanhola desarmada. A Espanha se mantinha por perto graças a Ricky Rubio, que batia de frente com Holiday para infiltrar e fazer bandejas. O jogador do Cleveland Cavaliers marcou 13 pontos no primeiro quarto. Os campeões mundiais mudaram a marcação para uma zona 3-2 na reta final que deixou os EUA confusos, e uma arrancada de 11 a 2 virou o placar para a Espanha, que terminou o primeiro quarto à frente por 21 a 19.

Lavine recolocou os EUA à frente com uma cesta de 3, e Sergio Rodriguez respondeu na mesma moeda. A partida ganhou ritmo intenso, com ataques rápidos e muitos chutes de 3 forçados nos dois lados. A diferença é que a Espanha tinha Wily Hernangomez, pivô de 2,09m, para recolher as bolas erradas no ataque e defender o aro na defesa. Ele pegou três rebotes ofensivos e deu três tocos numa arrancada de 10 pontos seguidos dos campeões mundiais, que levou a vantagem a dígitos duplos pela primeira vez.

Wily Hernangomez (esq.) levou vantagem no garrafão contra os americanos no primeiro tempo — Foto: Pool via REUTERS/Aris Messinis

Durant e Green voltaram à quadra e botaram ordem na bagunça americana. Enquanto Green segurava a barra no garrafão defensivo, ajudando os armadores e voltando para disputar rebotes com os pivôs, o superastro do Nets encontrou sua melhor pontaria no ataque. Os EUA montaram uma sequência de 10 a 2 para empatar o jogo em 43 a 43 antes do intervalo.

Kevin Durant marcou duas bolas de 3 pontos seguidas, e Booker converteu outra para levar os EUA a uma vantagem de oito pontos no terceiro período. Os espanhóis sentiram o bom momento americano e pararam de jogar coletivamente; Claver errou duas bandejas seguidas e ainda perdeu uma bola na infiltração. O treinador Sergio Scariolo sacou o ala e lançou três armadores em quadra, o que deixou a partida ao gosto dos Estados Unidos. A diferença foi a 16 pontos depois de uma sequência de 12 a 2 dos americanos.

Devin Booker (centro) contesta a bandeja de Ricky Rubio (dir.) — Foto: REUTERS/Brian Snyder

Destaques do segundo quarto, Rodriguez e Hernangomez retornaram à quadra, e a Espanha voltou a trabalhar mais no corta-luz para forçar as trocas de marcação e as ajudas defensivas que abriam possibilidades. Os europeus fizeram uma corrida de 10 pontos e diminuíram a desvantagem para seis pontos antes do quarto derradeiro, 69 a 63.

A reação continuou no último quarto com uma bandeja de Garuba, antes de Lillard encerrar a sequência com uma cesta de 3. Ele marcou cinco pontos seguidos para iniciar sequência de 12 a 1 e levar de novo a vantagem a 14 pontos para os tricampeões olímpicos. A Espanha voltou a jogar com uma formação mais baixa para tentar conter as bolas de 3. Mas o acúmulo de desperdícios de posse no ataque dificultavam a reação. Durant voltou à quadra, e os americanos controlaram o jogo até o final.

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