Por Memória Globo

Globo

O 'Jornal Nacional' é o principal telejornal em rede da Globo. Tem cerca de 45 minutos de duração e faz a cobertura completa das principais notícias no Brasil e no mundo.

Pautado pela credibilidade, isenção e ética, e apresentado por William Bonner e Renata Vasconcellos, o JN é líder de audiência no horário nobre. Criado em 1º de setembro de 1969, tornou-se o primeiro telejornal do país a ser transmitido em rede nacional.

Jornal Nacional: abertura a partir de 2017

Jornal Nacional: abertura a partir de 2017

Editor-chefe e apresentador: William Bonner | Editora-chefe adjunta: Cristiana Sousa Cruz | Editora-executiva e apresentadora: Renata Vasconcellos | Período de exibição: 01/09/1969 – NO AR | Horário: 20h30 às 21h15 | Periodicidade: de segunda a sábado

HISTÓRIA

“O Jornal Nacional da Rede Globo, um serviço de notícias integrando o Brasil novo, inaugura-se neste momento: imagem e som de todo o Brasil”.

Foi assim que o apresentador Hilton Gomes abriu, às 19h45, a primeira edição do 'Jornal Nacional', no dia 1º de setembro de 1969. A voz de Cid Moreira anunciou: “Dentro de instantes, para vocês, a grande escalada nacional de notícias”.

Armando Nogueira e Cid Moreira na bancada do 'Jornal Nacional' (09/1979) — Foto: Adir Mera/Agência O Globo

O 'Jornal Nacional' estreou para competir com o 'Repórter Esso', da TV Tupi. Foi o ponto de partida de um projeto que pretendia transformar a Globo na primeira rede de televisão do Brasil. Meses antes, a Embratel havia inaugurado o Tronco Sul, que possibilitava a integração de Rio, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. A formação dessa espécie de rede era possível com a ajuda de um sistema de microondas. O equipamento ligava, por sinais, o estúdio à torre de transmissão da emissora. A partir dessa tecnologia, a Globo pretendia gerar uma programação uniforme para vários estados e diminuir os custos de produção.

Na edição de estreia, uma reviravolta na política era o principal assunto. O país seria entregue a uma junta militar por causa de um problema de saúde do presidente Costa e Silva. O anúncio foi feito pelo ministro Delfim Neto e exibido, em filme, durante 46 segundos.

Outros fatos se destacaram na estreia do JN. Milhares de brasileiros assistiram a imagens inéditas das obras de alargamento da Praia de Copacabana, da morte do campeão mundial dos pesos pesados Rocky Marciano e do gol de Pelé que garantiu a classificação do Brasil para a Copa de 1970, no México. Em pouco tempo, conquistou a preferência do público.

Eu cheguei para apresentar o JN, vi aquele nervosismo, todo mundo preocupado. Fiz meu trabalho normal, porque eu ainda tinha na cabeça a ideia de locutor de rádio. No dia seguinte, saiu na capa de O Globo. Tive a dimensão do significado”.
— Cid Moreira

A CRIAÇÃO DO “BOA NOITE”

O 'Jornal Nacional' foi idealizado por Armando Nogueira, então diretor de jornalismo da Globo. Integravam a primeira equipe Humberto Vieira (editor-chefe e editor internacional), Alice-Maria Tavares Reiniger e Silvio Júlio Nassar (editores nacionais), Amaury Monteiro e Aníbal Ribeiro (chefes de reportagem), Alfredo Marsillac (diretor de imagens), Chucho Narvaez, José Andrade, Sebastião Azambuja, Evilásio Carneiro e Orlando Moreira (repórteres cinematográficos), Ismar Porto, João Mello e Auderi Alencar (montadores), Jotair Assad (coordenador) e Antônio Ozéas (assistente), entre outros.

O 'Jornal Nacional' contava também com apresentadores próprios nas principais sucursais. Lívio Carneiro ficava em São Paulo; em Belo Horizonte, Oliveira Duarte; em Brasília, foram Heitor Ribeiro e, depois, Júlio César; e em Recife, Cícero de Moraes.

Logo na estreia, uma inovação no script despertou o interesse do telespectador. Enquanto o 'Repórter Esso' deixava a notícia mais impactante para o fim, o JN abria com informações “quentes”, o factual. Os editores criaram também o “boa noite”, uma espécie de despedida dos apresentadores com textos e reportagens leves, poéticas ou pitorescas. Na voz de Cid Moreira, a suavidade do “boa noite” do JN transmitia esperança e foi um estilo de mensagem ouvida pelos brasileiros quase oito mil vezes durante 27 anos.

Script da primeira edição do 'Jornal Nacional' com observação "... e o boeing decolou!" (01/09/1969) — Foto: Acervo Pessoal Alice-Maria

Mais do memoriaglobo
Sucesso escrito por Ivani Ribeiro

Novela abordava o tema da vida após a morte, de acordo com a doutrina espírita kardecista

'A Viagem' completa 30 anos  - Foto: (Memória Globo)
Minissérie protagonizada por Stênio Garcia

A trama, ambientada entre 1884 e 1906, narrava a biografia de uma das figuras mais polêmicas e emblemáticas do Nordeste brasileiro: padre Cícero Romão Batista.

Os 40 anos da estreia de 'Padre Cícero' - Foto: (Nelson Di Rago/Globo)
Projeto Resgate

O Espigão inovou ao tratar da qualidade de vida e denunciar, com humor, a expansão imobiliária desenfreada.

Exibida há 50 anos, 'O Espigão' chega ao Globoplay  - Foto: (Acervo/Globo)

Live e entrevista com a jornalista Sônia Bridi, exibidas em circuito interno da Globo, marcaram a celebração dos 25 anos do Memória Globo, no dia 1° de abril de 2024.

Memória Globo 25 anos - Foto: (Arte/Globo)
Perfil da semana

A atriz Betty Faria nasceu no Rio de Janeiro. Estreou na Globo no ano da inauguração da emissora, com o musical Dick e Betty 17. Tornou-se mundialmente conhecida, em 1989, com Tieta, vivendo a personagem título.

Betty Faria lançou tendências de moda com suas personagens - Foto: (Memória Globo)
Projeto Resgate

Programa mostrava as confusões das amigas Belinha (Heloísa Perissé) e Pit (Ingrid Guimarães) no gerenciamento de um bar no subúrbio do Rio.

As aventuras de Pit e Belinha em 'Sob Nova Direção', completa no Globoplay - Foto: (João Miguel Júnior/Globo)
Projeto Resgate

A indústria e o mercado da moda no Brasil serviram de pano de fundo para a narrativa, centrada na vida de duas irmãs em conflito

Globoplay disponibiliza 'Desejos de Mulher', de Euclydes Marinho  - Foto: (João Miguel Júnior/Globo)