Política
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Por Fábio Couto e Robson Rodrigues — Do Rio e São Paulo

A nomeação repentina do chefe da assessoria Especial de Assunto Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, como novo ministro de Minas e Energia, foi recebida com surpresa por agentes do setor elétrico e dividiu opiniões. Se por um lado, o sucessor do almirante Bento Albuquerque é tido como um profissional com convicções liberais, por outro, paira a dúvida de como o novo titular conduzirá a pasta nos próximos meses.

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Fontes consideram ainda que o momento não foi adequado para a troca do comando, já que mostra a tentativa de ingerência do presidente Jair Bolsonaro no controle dos preços dos combustíveis e pode gerar ruídos na condução dos trabalhos para a privatização da Eletrobras.

Na avaliação do presidente do Fórum de Associações do Setor Elétrico (Fase), Mario Menel, a dúvida é como será a condução do ministério nos próximos quatro meses de trabalho. Segundo ele, a nomeação acontecendo agora, em meados de maio, o novo ministro só terá até outubro - mês do primeiro turno das eleições, para tocar a pasta.

"A questão é como ele vai montar a equipe... ou se ele vai manter a atual equipe, a memória do que foi feito nestes quatro anos", disse Menel.

A Associação Brasileira de Companhias de Energia (ABCE) disse esperar que o diálogo aberto por Bento Albuquerque no Ministério de Minas e Energia (MME) com agentes e entidades do setor elétrico seja mantido pelo novo titular. Segundo o presidente da associação, Alexei Vivan, a ABCE recebeu "com surpresa" a exoneração do almirante, que ocupava o cargo desde o início do governo Jair Bolsonaro.

"Ao mesmo tempo, não é incomum trocas nos ministérios em períodos eleitorais, para composição de interesses políticos. Pelas referências que recebemos, Adolfo Sachsida, que integrava o Ministério da Economia, é tecnicamente capacitado, preparado e acreditamos que terá condições de bem conduzir o MME", disse Vivan, em comunicado.

Por parte das empresas, o nome de Sachsida foi aprovado, mas a saída de Bento foi classificada como inadequada no momento da troca. O presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Daniel Slaviero, lamentou a saída do ex-ministro Bento e lembrou que o almirante atuou na questão do risco hidrológico, esteve à frente no enfrentamento da crise hídrica e da pandemia.

“Recebi a notícia com perplexidade e tristeza. Considerava o ministro Bento como um dos melhores quadros do governo federal. (...). Foi o ministro que fez mais mudanças estruturais para o setor elétrico. Resolveu o problema do GSF [risco hidrológico], aprovou três Medidas Provisórias, enfrentou a pandemia, a crise hídrica. A perspectiva com ele [Sachsida] é boa, mas o momento da mudança é inadequado, porque estamos a uma semana no meio do processo de capitalização da Eletrobras da aprovação do TCU [Tribunal de Contas da União] e a nossa expectativa é que o atual ministro possa manter a equipe para não ter nenhuma descontinuidade nos desafios complexos que o setor está vivendo ”, disse o executivo.

Um agente do setor avalia, sob condição de anonimato, que a saída de Albuquerque do MME é uma forma de sinalizar ao mercado uma tentativa de solucionar a questão dos preços dos combustíveis num ano eleitoral.

A exoneração do almirante foi publicada na edição de ontem (11) do Diário Oficial da União, dias depois de um reajuste de 8,87% nos preços do óleo diesel nas refinarias da Petrobras. Alegando razões pessoais, o ministro teria pedido exoneração. Sachsida, seu sucessor, vem do Ministério da Economia e não tem experiência direta com a área de energia.

A questão dos combustíveis é a principal tese sobre a motivação pela troca, uma vez que se a questão fosse pessoal, Albuquerque poderia ser substituído pela secretária-executiva, Marisete Pereira - a saída mais natural.

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