Eleições 2022
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Por Bárbara Pombo, Valor — São Paulo


A distância entre Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) na corrida ao governo de São Paulo se estreitou, de acordo com a pesquisa mais recente do Ipec, divulgada na terça-feira (25). O ex-ministro de Bolsonaro está com 46% das intenções de votos enquanto o petista marca 43%, em um cenário de empate técnico.

Em relação à sondagem anterior, há duas semanas, Tarcísio manteve a pontuação, mas Haddad oscilou dois pontos para cima, dentro da margem de erro da pesquisa.

O estreitamento da diferença aponta, de acordo com analistas, uma tendência de alta de Haddad na reta final do segundo turno das eleições 2022, que acontece no domingo (30). Mas os analistas consultados pelo Valor ainda são céticos sobre a possibilidade do petista inverter o jogo e ganhar a vaga no Palácio dos Bandeirantes.

A Arko Advice, empresa de análise de conjuntura e estratégia de relações governamentais, projeta chance de 70% de Tarcísio de Freitas – aposta do bolsonarismo em São Paulo – vencer as eleições.

Entre os fatores que dificultam a ultrapassagem, Cristiano Noronha, mestre em ciência política e vice-presidente da Arko Advice, aponta o sentimento antipetista forte entre o eleitorado e um cinturão conservador no interior do Estado.

“Fernando Haddad pode ter encurtado a distância, mas sua missão de reverter o quadro é complexa pela combinação da resistência do eleitorado e da falta de tempo para quebrar isso”, afirma.

Ele aponta que o debate da TV Globo entre os candidatos será importante para o eleitor tomar sua decisão, mas que não acredita em um deslize tão grande de Tarcísio de Freitas que gere uma inversão do cenário. “Ele teve boas performances nos últimos debates, estudou bem as questões do Estado”, diz Noronha.

Jairo Pimentel Jr. , cientista político e pesquisador do Centro de Política e Economia do Setor Público (Cepesp), da FGV, observa, por outro lado, que a chance de virada de Fernando Haddad “é real” diante do estreitamento da distância dele em relação a Tarcísio de Freitas.

Tarcísio e Haddad — Foto: Montagem/Valor
Tarcísio e Haddad — Foto: Montagem/Valor

O modelo desenvolvido pelo Cepesp para prever o resultado do segundo turno considera duas variáveis do resultado do primeiro turno: a distância do candidato para chegar aos 50% mais 1 necessários para se eleger e a distância do primeiro colocado em relação ao segundo.

No primeiro turno, Tarcísio ficou com 42,32% dos votos, com vantagem de seis pontos percentuais em relação a Haddad, que fechou com 35,70%.

Com esses números a chance de vitória de Haddad seria de apenas 26%, considerando a experiência mapeada pelos pesquisadores em 282 eleições de segundo turno no Brasil e 128 eleições realizadas mundo afora para presidente também em segundo escrutínio.

A redução na distância entre os candidatos identificada pela pesquisa Ipec, contudo, mexe com a probabilidade, elevando a possibilidade do candidato do PT virar o jogo.

“A disputa está em aberto. A chance de virada existe, mas não quer dizer que vá ocorrer”, afirma Pimentel.

Para Leandro Consentino, doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) e professor no Insper, a possibilidade de Haddad virar o jogo se apresenta com a leitura da pesquisa Ipec.

Ele pondera, contudo, que o levantamento apresenta uma fotografia de tendências de alta de Haddad e de estabilidade de Tarcísio que precisam ser comprovada por outras sondagens.

“A calibragem estatística pode fazer com que essa virada não se confirme”, diz, chamando atenção também para os componentes do voto envergonhado (o eleitor que esconde sua preferência durante a campanha por receio de reação negativa) e da migração do voto útil na última hora.

De acordo com o Ipec, 4% dos eleitores disseram que não sabem em quem votar. Outros 13% afirmaram que ainda podem mudar de candidato até o dia da eleição enquanto 87% declararam que a decisão sobre o candidato escolhido é definitiva.

A última pesquisa Datafolha para o governo de São Paulo, divulgada no dia 19 de outubro, apontou Tarcísio de Freitas com uma vantagem de nove pontos percentuais sobre Fernando Haddad. O ex-ministro tinha 49% das intenções de voto e o petista 40%. Os indecisos eram 3%.

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