Política
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Por Luísa Martins, Valor — Brasília


O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Luís Carlos Gomes Mattos, disse que a divulgação dos áudios que comprovam a prática de tortura durante a ditadura militar são "notícias tendenciosas" que têm o objetivo de "atingir as Forças Armadas".

Na abertura da sessão do STM dessa terça-feira (19), Mattos disse que os julgamentos do tribunal são "absolutamente transparentes" e que as gravações, que datam da década de 1970, "não estragaram a Páscoa de ninguém".

"Aconteceu aí durante a Páscoa e garanto que não estragou a Páscoa de ninguém. Porque a minha não estragou, garanto que não estragou a Páscoa de nenhum de nós. Apenas a gente fica incomodado que vira e mexe não tem nada para buscar e resolvem rebuscar o passado."

O ministro ainda afirmou que o STM "não tem resposta nenhuma para dar" e que os áudios, publicados pela jornalista Miriam Leitão em sua coluna no jornal "O Globo", devem ser "simplesmente ignorados" pelos militares.

As gravações citam, por exemplo, o caso de uma mulher grávida que sofreu choques elétricos nos órgãos genitais. Na segunda-feira (18), quando questionado sobre possível investigação a respeito, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, riu: "Vai trazer os caras do túmulo de volta?".

Conforme mostrou o Valor, o Supremo Tribunal Federal (STF) não quer incluir na pauta deste ano a ação que questiona a Lei da Anistia, que livrou de punição os agentes acusados de torturar e matar cerca de 70 pessoas na chamada Guerrilha do Araguaia, durante a ditadura militar.

Nos bastidores, há um entendimento de que o ano eleitoral é um momento inadequado para analisar questões polêmicas, que possam causar novos pontos de desgaste entre os Poderes Judiciário e Executivo.

Segundo Mattos, julgamentos são "absolutamente transparentes", e gravações, dos anos 1970, "não estragaram a Páscoa de ninguém". — Foto: Reprodução
Segundo Mattos, julgamentos são "absolutamente transparentes", e gravações, dos anos 1970, "não estragaram a Páscoa de ninguém". — Foto: Reprodução
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