Eleições em Minas Gerais

Por Patrícia Fiúza, TV Globo — Belo Horizonte


Painel de pré-candidatos ao governo de Minas teve alfinetadas entre Kalil e Zema — Foto: Divulgação/ Associação Mineira de Municípios

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), trocaram farpas durante o 38º Congresso Mineiro de Municípios nesta quinta-feira (2). Os dois são pré-candidatos ao governo do estado.

Os atritos começaram após entrevista de Kalil a um podcast na quarta-feira (1º). O ex-prefeito da capital mineira chamou Zema de “débil mental”.

“Eu desafio ele a fazer um teste de QI. Talvez se eu seja, ele é muito mais então”, rebateu Zema, durante o Congresso.

Alexandre Kalil (PSD), Romeu Zema (Novo) e Jair Bolsonaro (sem partido). — Foto: Arquivo G1

Já o pré-candidato a governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), usou parte de seu tempo de apresentação inicial para pedir ao governador Romeu Zema (Novo) que não fale de sua vida pessoal em pré-campanha.

"Hoje eu vi uma entrevista do governador, que eu respeito muito, eu quero debater sobre governo como fazer e o que fazer e como governar. E eu quero pedir duas gentilezas públicas ao governador: que ele nunca mais cite o nome do meu pai, em nenhuma entrevista dele. E que nunca mais fale da minha vida privada em nenhuma entrevista dele", disse.

A entrevista a que Alexandre Kalil se refere foi publicada no jornal "O Globo", também nesta quinta, em que, ao ser questionado sobre como vê a aliança entre Lula e Kalil, Zema alfinetou: “Meu adversário não tem luz própria. Ele precisou do pai para se promover e quebrou a empresa do pai. Depois, precisou do Atlético Mineiro. Ganhou um título, mas, depois que saiu, o time melhorou muito”.

Saúde

Ainda durante a sabatina, Alexandre Kalil criticou a atuação do governo de Minas no combate à pandemia.

"Não fizemos hospital de Campanha e fomos a capital com mais de 1,5 milhão de habitantes que menos matou [durante a pandemia]. Não compramos um respirador. Porque quem cuida de gente é gente, não é concreto, não é hospital e não é aparelho. O foco está errado", disse.

E fez referência ao anúncio feito pelo governo, também nesta quinta, de terminar a construção de hospitais regionais.

"Vamos entender que construir o hospital é o mais barato. Nós abrimos o hospital de 355 leitos em Belo Horizonte, que custa R$ 35 milhões por mês. Isso quer dizer que em quatro meses de funcionamento de hospital, se constrói hospital".

Em nota, o governo disse que o estado fez "investimentos recordes em saúde na capital, totalizando em 2021 R$ 813,1 milhões, 205% a mais do que o comparado a 2018".

E também foi dado incentivo adicional de leitos Covid, em março de 2022, no valor de R$ 4 milhões, só para Belo Horizonte.

Em 2022, segundo a nota, o Estado incorporou 550 leitos adultos e 40 pediátricos ao sistema público de saúde de Minas. Agora, os hospitais passam de 2.072 para 2.622 os leitos adultos. Os pediátricos pularam de 194 para 234.  Em Belo Horizonte, houve aumento de 32 leitos de UTI, todos da rede estadual.

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