As ocorrências extralegais e paralelas no próprio dia da posse do novo presidente da República e a baderna insurrecional da invasão de Brasília e dos edifícios dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em seus desdobramentos e consequências, fazem revelações sociológica e politicamente decisivas para conhecer os inimigos da democracia e do país. Revelam não só o conjunto de uma trama golpista, mas principalmente a estrutura social do movimento e a diferença entre agitadores, protagonistas, promotores e protetores, vários deles secretos. Não se trata de acaso, mas de poder paralelo e organizado.
Sociólogo, professor emérito da Faculdade de Filosofia da USP, professor da Cátedra Simón Bolívar da Universidade de Cambridge, e fellow de Trinity Hall
José de Souza Martins: Agitação direitista transformou o Brasil num perigoso manicômio
Invasão em Brasília não se trata de acaso, mas de poder paralelo e organizado