Política Eleições 2022

Datafolha Rio: Saiba quem é Eduardo Serra, que empata na terceira posição na disputa pelo governo

Pré-candidato do PCB, que varia entre 4% e 5% das intenções de voto, aparece no mesmo patamar de nomes como Rodrigo Neves (PDT) e Garotinho (União), atrás de Freixo (PSB) e Castro (PL)
Eduardo Serra é o pré-candidato do PCB ao governo do Rio Foto: Reprodução/Facebook
Eduardo Serra é o pré-candidato do PCB ao governo do Rio Foto: Reprodução/Facebook

RIO - A pesquisa Datafolha para governo do Rio divulgada nesta quinta-feira , a primeira desse tipo registrada pelo instituto neste ano eleitoral, trouxe o pré-candidato do PCB, Eduardo Serra, em pé de igualdade com nomes como o ex-governador Anthony Garotinho (União), o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) e o ex-presidente da OAB, Felipe Santa Cruz (PSD).

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A disputa é liderada por Marcelo Freixo (PSB) e pelo governador Cláudio Castro (PL), em situação de empate técnico , com vantagem numérica para o deputado federal. Serra variou entre 4% e 5% nos dois cenários testados pelo instituto, o que o deixa tecnicamente empatado na terceira colocação, dentro de um bloco de candidatos.

No cenário em que Garotinho aparece, o ex-governador marca 7% das intenções de voto. Neves oscila entre 5% e 7% nos dois cenários. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, o pré-candidato do PCB aparece tecnicamente empatado com Garotinho e Neves, embora numericamente atrás deles.

Felipe Santa Cruz, pré-candidato apoiado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), oscila entre 2% e 3% das intenções de voto.

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No cenário que considera somente as pré-candidaturas já oficializadas por seus partidos -- Garotinho, por exemplo, não se enquadra nesta situação --, aparecem ainda, tecnicamente empatados na terceira colocação, Cyro Garcia (PSTU), com 4%, e Paulo Ganime (Novo), com 2%. A margem de erro é de três pontos.

Barrado em 2014

Professor da Escola Politécnica e do Instituto de Relações Internacionais da UFRJ, Serra, de 66 anos, ingressou nos movimentos estudantil e sindical na década de 1970. Pelo PCB, Serra concorreu à prefeitura do Rio, em 2008, ao governo do estado, em 2010, e foi candidato ao Senado em 2014 -- ocasião em que também chegou a figurar em terceiro nas pesquisas, com 8% das intenções de voto.

À época, o então presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, avaliou que havia a possibilidade, embora a considerasse reduzida, de uma confusão por parte do eleitorado entre o Serra fluminense e o ex-governador José Serra (PSDB), à época candidato a senador por São Paulo. O Serra tucano acabou se elegendo naquele ano.

O candidato do PCB, por sua vez, avaliou na ocasião que sua campanha tinha perfil anticapitalista, defendendo pautas como a reestatização de empresas privatizadas pelo governo federal na década de 1990, o que faria com que o eleitorado de esquerda e progressista convergisse em torno de sua candidatura.

Naquele ano, contudo, a candidatura de Serra foi indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) por descumprimento do prazo para se licenciar do cargo de professor da UFRJ. A legislação eleitoral exigia a licença até julho de 2014. Com isso, os votos de Serra não foram contabilizados. Quem se elegeu ao Senado pelo Rio naquele ano foi o ex-jogador Romário, que deve tentar a reeleição em 2022.

Em 2008, Serra teve 0,08% dos votos válidos na eleição para prefeito do Rio, terminando na penúltima colocação. Em 2010, quando concorreu ao governo, o candidato do PCB terminou em último, com 0,14% dos votos.

No lançamento de sua pré-candidatura pelo PCB ao governo do Rio, no início de março, Serra disse que seu nome representa uma "alternativa comunista para enfrentar os graves problemas do estado", de acordo com publicação no site oficial do partido."E que o programa anticapitalista apresentado pelos comunistas para o Estado do Rio de Janeiro pressupõe a participação da população trabalhadora nas decisões de governo", completou a publicação.