O ex-ministro da Educação no governo Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro, e outras quatro pessoas tiveram prisão preventiva decretada por suspeita de tráfico de influência no Ministério da Educação. Ele foi preso em Santos, esta manhã, no bairro do Boqueirão. O ex-ministro será conduzido para Brasília. Ele será ouvido amanhã, às 14h, em audiência de custódia na 15.a Vara Federal Criminal do Distrito Federal .
As prisões estão sendo cumpridas pela PF, que também cumpre 13 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Pará, e Distrito Federal. Outras medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas, informou a PF em nota.
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Ribeiro e o pastor Gilmar Santos já tiveram suas prisões realizadas pelos investigadores. O também pastor Arilton Moura teve prisão decretada, mas ainda não foi localizado.
Arilton Moura e Gilmar Santos aparecem no inquérito como suspeitos de atuar como lobistas no Ministério da Educação com objetivo de liberar verbas públicas. A Operação “Acesso Pago” apura indícios de tráfico de influência e corrupção na liberação de recursos públicos da Educação.
Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) que apontou desconformidades em cerca de R$ 13 bilhões foi uma das razões que levaram a 15.a Vara Federal Criminal do Distrito Federal a decretar as prisões e as outras medidas.
Os recursos sob investigação são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao MEC e atualmente sob influência de políticos do centrão, bloco de partidos que dá sustentação política ao governo Bolsonaro. O fundo reúne verbas federais destinados a transferências para municípios.