(ERRATA: o g1 errou ao informar que Nova Odessa não aplicou reajuste salarial aos servidores neste ano. Na verdade, a cidade reajustou a remuneração em 10,79%. A informação foi corrigida às 12h20.)

Indaiatuba informou que os 5.117 servidores da cidade receberam um reajuste total neste ano de 22,7 %. De acordo com a prefeitura, parte foi aplicada em janeiro, relativa às reposições salariais de 2020 e 2021, ano em que os salários não foram reajustados por conta da pandemia da Covid-19. Já em março, data-base do dissídio, foi concedido o restante.

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Logo atrás na lista das cidades com maiores reajustes, vêm Limeira (SP), Iracemápolis (SP), Cordeirópolis (SP) e Jaguariúna (SP). Veja a lista:

1. Indaiatuba - 22,7%
2. Limeira - 21%
3. Iracemápolis - 18%
4. Cordeirópolis - 15%
5. Jaguariúna - 15%

Por outro lado, Louveira (SP), Vinhedo (SP), Pedreira (SP), Valinhos (SP) e Charqueada (SP) aparecem como aqueles municípios que aplicaram os menores reajustes, em termos percentuais. Confira:

1. Nova Odessa - 10,79%
2. Louveira - 10%
3. Vinhedo - 8,5%
4. Pedreira - 8%
5. Valinhos - 7,59%

Já Campinas, Hortolândia (SP), Mogi Mirim (SP), Paulínia (SP), Piracicaba (SP) e Santa Barbara d'Oeste (SP) não reajustaram salários neste ano até o momento.

Devido à ausência de reajuste em Campinas, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC) informou que protocolou na prefeitura uma pauta de reivindicações salariais. O sindicato pede reajuste de 25,6%, que, segundo a associação, compõem a reposição da inflação, além do aumento real.

Vice-prefeito de Campinas, Wanderley de Almeida explicou que o reajuste proposto aos 25 mil servidores da cidade será analisado. Ele ressalta, porém, que, para amenizar o período sem reajuste durante a pandemia, a administração municipal concedeu 20% de aumento no vale-alimentação, além de um bônus de R$ 800.

"Não dá para antecipar se a gente vai conseguir atender a esse percentual, mas, com certeza, a administração vai sentar e negociar com os colaboradores", disse.

Paulo Braga, advogado especialista em direito administrativo, explica que, dentre os diferentes fatores que definem o percentual de reajuste dos servidores, o principal deles é a capacidade de gestão das prefeituras.

"É preciso que o município tenha um plano de gestão capaz de assegurar uma contabilidade hábil a conceder esses aumentos, se valendo das receitas. Uma outra questão é o quantitativo de pessoal. Quanto mais servidores públicos você tem, mais o município vai gastar. Você gastando mais, ainda que você tenha uma arrecadação alta, você fica impedido de fazer uma melhor remuneração", destacou.