08/10/2013 15h25 - Atualizado em 08/10/2013 16h42

Obama pressiona Congresso dos EUA a 'fazer seu trabalho básico'

Para economistas, permitir calote seria 'insano e caótico', disse Obama.
Congresso norte-americano tem até o dia 17 para elevar limite da dívida.

Do G1, em São Paulo

O presidente dos EUA, Barack Obama, fala nesta terça-feira (8) na Casa Branca (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)O presidente dos EUA, Barack Obama, fala nesta terça-feira (8) na Casa Branca (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou a pressionar nesta terça-feira (8) o congresso norte-americano para chegar a um acordo tanto sobre o orçamento, sem o qual o governo segue paralisado, como para aumentar o limite de empréstimos do país e evitar um calote da dívida (default) - o prazo para que esse último item seja feito é dia 17 de outubro.

Obama começou o seu discurso dizendo que os "membros do Congresso precisam fazer seu trabalho". O presidente dos EUA afirmou que o trabalho "básico" do Congresso é justamente saber negociar. "Enquando nós fazemos essas coisas [demora do Congresso a chegar a um acordo], isso afeta nossa credibilidade pelo mundo"

E afirmou, ainda, que a decisão de permitir o calote da dívida, de acordo com muitos diretores de empresas, seria "insano, catastrófico e caótico", acrescentando que, em uma paralisação do governo seguida de um calote causaria um risco significante de uma "profunda recessão".

Obama voltou a "culpar" os republicanos por rejeitarem propostas de democratas para chegar a um acordo.

Ele fez um apelo para que o presidente da Câmara dos Deputados do país, John Boehner, líder da maioria republicana, a deixar de lado as desculpas e partir para colocar um fim na paralisação do governo, que já dura uma semana.

Um impasse político em torno do orçamento dos EUA fez com que grande parte do setor público do país parasse de funcionar a partir do dia 1º de outubro, o que não acontecia há 17 anos. Isso ocorreu porque o governo federal ficou sem permissão para efetuar gastos não essenciais.

O Congresso precisava aprovar um orçamento para permitir esses gastos federais, o que costuma ser feito com antecedência – mas o prazo terminou no dia 30 de setembro. Republicanos da Câmara e os democratas do Senado não chegam a um acordo.

"Vamos parar com essa paralisação agora mesmo, há republicanos e democatras suficientes no Congresso para passar o orçamento que reabriria o governo", disse.

FMI
Nesta terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que um calote (default) dos Estados Unidos é um evento improvável, mas teria efeito catastrófico para o mundo se acontecer.

"Os efeitos de qualquer calote no pagamento da dívida seriam imediatos, levando a uma forte turbulência nos mercados financeiros, tanto nos EUA quanto no exterior", afirmou o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard.

O último grande impasse sobre o teto da dívida, em agosto de 2011, acabou com um acordo de última hora diante da pressão dos mercados e de advertências catastróficas para a economia caso o default ocorresse.

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