09/10/2013 17h05 - Atualizado em 09/10/2013 17h05

Dólar fecha quase estável com cautela sobre economia dos EUA

Moeda americana fechou em alta de 0,05%, a R$ 2,2065.
Investidores estão cautelosos com negociações nos EUA e atuação do BC.

Do G1, em São Paulo

O dólar fechou perto da estabilidade nesta quarta-feira (9), após um dia de instabilidade com investidores ainda cautelosos sobre os Estados Unidos e sob a constante atuação do Banco Central brasileiro.

A moeda americana fechou em alta de 0,05%, a R$ 2,2065. Veja cotação

Na semana, a moeda acumula queda de 0,2% e no mês, de 0,44%. No ano, há valorização de 7,91%.

"O dólar ficará em torno de R$ 2,20, até o mercado acalmar e a questão dos Estados Unidos ser equacionada", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, à Reuters

Na terça-feira, Obama intensificou a pressão política sobre os republicanos, dizendo que só aceitará negociar uma solução para o impasse fiscal se a oposição reabrir os órgãos federais e elevar o limite da dívida pública sem pré-condições.

A divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, nesta tarde não trouxe grandes impactos sobre o mercado cambial no Brasil.

A ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mostrou que a decisão de não reduzir o estímulo à economia norte-americana foi "relativamente apertada" e que os integrantes preocuparam-se com a possibilidade de que a decisão de continuar comprando 85 bilhões de dólares em títulos ao mês prejudicasse a eficácia da comunicação com investidores.

Mais cedo, contribuiu para a alta do dólar a divulgação dos dados de fluxo cambial no Brasil. De acordo com o BC, o país registrou saída líquida de moeda estrangeira de US$ 2,058 bilhões em setembro e, somente entre os dias 1º e 4 passados, o déficit havia sido de US$ 2,211 bilhões.

O mercado hoje também foi influenciado pelas notícias de que Janet Yellen irá suceder Ben Bernanke como chair do Fed. Yellen foi inicada por Obama na tarde desta quarta e é vista como uma autoridade favorável ao programa de compra de ativos dos Estados Unidos, o que alimenta expectativas de que o Fed poderá manter por mais tempo o programa de estímulo monetário, no valor de US$ 85 bilhões ao mês, favorecendo a liquidez nos mercados.

No cenário interno, o BC realizou mais um leilão de swap cambial tradicional, parte de seu programa de intervenções diárias, com a venda dos 10 mil contratos ofertados com vencimento em 5 de março de 2014. O volume financeiro equivalente da operação foi de US$ 497,6 milhões e houve anúncio que fará outro leilão com as mesmas condições para esta quinta-feira.

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