09/10/2013 12h21 - Atualizado em 09/10/2013 12h24

Confiança do consumidor brasileiro recua em setembro, indica ACSP

INC marcou 135 pontos, contra 139 em agosto e 158 em setembro de 2012.
Para associação, queda se deve à recuperação lenta da economia.

Do G1, em São Paulo

A confiança do consumidor brasileiro em relação à economia caiu quatro pontos na comparação com o patamar de agosto, conforme pesquisa Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo (INC – ACSP/Ipsos) divulgada nesta quarta-feira (9). O indicador marcou 135 pontos no mês passado, contra 139 em agosto.

Na comparação com setembro do ano passado, a queda foi ainda mais acentuada, já que o INC registrou 158 pontos na ocasião. De acordo com a ACSP, na época, esperava-se por uma recuperação da economia, o que não se confirmou após o anúncio do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, com crescimento de apenas 0,9%. 

“A confiança do consumidor permanece no campo otimista, mas ele está cauteloso porque a economia não apresentou uma recuperação mais consistente. Esse cenário exige maior atenção na condução da política econômica para não comprometer a retomada”, disse, em nota, Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

O INC varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo. Entre 100 e 200, está a região do otimismo; abaixo disso, o cenário é de pessimismo.

De acordo com a entidade, em 2013, com as manifestações populares que começaram em junho, o consumidor passou a ter consciência de que a situação econômica não era positiva, o que fez o INC cair. Em abril, o índice marcou 156 pontos; em maio, 153; em junho, despencou para 138 pontos. Em julho, ficou em 137 pontos. Em agosto, subiu dois pontos (139).

Essa queda se deve à recuperação lenta da economia, resultando em maior cautela por parte do consumidor brasileiro.

Classes
Em setembro, a classe C continuava a mais otimista, apesar do declínio – o INC foi de 144 pontos em agosto para 140 em setembro. Em seguida vem o grupo das classes D e E, com leve baixa (de 128 pontos em agosto para 126 em setembro). O grupo das classes A e B permanece com 125 pontos.

Regiões
O grupo das regiões Norte e Centro-Oeste se mantém na liderança, mas houve declínio: de 190 pontos em agosto foi para 163 em setembro.

A região Sudeste apresentou queda de 139 pontos em agosto para 136 em setembro.  Já no Nordeste o INC foi de 134 pontos em agosto para 131 em setembro.

A região Sul é a menos otimista, mas a única que apresentou alta: de 126 pontos em agosto foi para 130 em setembro.

Variáveis
De acordo com a pesquisa, 44% dos consumidores entrevistados veem sua situação atual boa, ficando estável (em agosto, eram 45%), mas inferior há um ano, quando 49% das pessoas disseram que sua situação era boa.

Os que achavam que a situação financeira vai melhorar eram 49% em setembro, situação estável em relação a agosto, mas inferior aos 56% de um ano atrás.

Em setembro, 36% dos entrevistados se sentiam seguros no emprego – três pontos abaixo de agosto (39%) e seis abaixo de setembro de 2012 (42%).

O número de pessoas conhecidas dos entrevistados que perderam o emprego foi de 4 pessoas em setembro contra 3,8 em agosto e 2,6 em setembro de 2012.

Os que estavam à vontade em setembro para comprar eletrodomésticos eram 42% em setembro ante 45% em agosto e 48% há um ano.

Quanto aos bens de maior valor, a disposição das pessoas para esse tipo de compra (casas, carros) permaneceu desfavorável em setembro, com 39% dos consumidores menos à vontade em setembro contra 29% mais à vontade.  

O INC é obtido a partir de mil entrevistas domiciliares realizadas todos os meses, em nove regiões metropolitanas e em 70 cidades do interior brasileiro. A margem de erro é três pontos.

O índice mede a confiança e a segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. Indica a percepção do estado da economia para a população em geral e também visa a prever o comportamento do consumidor no mercado.

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