08/10/2013 13h38 - Atualizado em 08/10/2013 16h02

Acionamento de Uruguaiana vai custar R$ 272,5 mi a consumidores

Nesta terça (8), Aneel aprovou ressarcimento de R$ 22,5 mi.
Usina foi ligada em meio à baixa nos reservatórios de hidrelétricas.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (8) o repasse aos consumidores de uma conta de R$ 22,5 milhões gerada pelo acionamento, no início de 2013, da usina térmica de Uruguaiana, localizada no Rio Grande do Sul.

Segundo a Aneel, com a decisão desta terça sobe para cerca de R$ 272,5 milhões o custo para retomar a operação da termelétrica – e que é totalmente repassado à conta de luz dos brasileiros.

Além dos R$ 22,5 milhões aprovados nesta terça, e que servirão para ressarcir a empresa pelos custos de voltar a operar a pedido do governo depois de quatro anos parada, os consumidores já pagaram outros cerca de R$ 250 milhões pela energia gerada por Uruguaiana entre fevereiro e março – período em que esteve em funcionamento.

De acordo com o relator do processo na Aneel, Edvaldo Santana, o valor para religar Uruguaiana, apesar de alto, ficou abaixo do pago a usinas térmicas movidas a óleo, também acionadas pelo governo a partir do final de 2012 devido à queda no nível de reservatórios de hidrelétricas.

Garantia de fornecimento
Em dezembro de 2012, o Ministério de Minas e Energia determinou a entrada em operação de Uruguaiana, que estava parada desde 2008. Ela veio reforçar a geração de energia térmica no país, medida adotada pelo governo para ajudar na recuperação dos reservatórios das hidrelétricas, que estavam em queda devido às chuvas abaixo da média do último verão.

Para voltar a funcionar, de maneira emergencial, Uruguaiana teve que contratar fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) – combustível usado por ela para gerar energia – que foi transportado de navio até a Argentina e, depois, via gasodutos até a usina.

Uruguaiana funcionou durante apenas dois meses, período em que, segundo a Aneel, gerou cerca de 390 megawatts (MW) médios. Os controladores da usina pediram, apenas para ressarcimento, R$ 32 milhões. Como a agência aprovou o repasse de R$ 22,5 milhões, a empresa pode recorrer.

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