09/10/2013 19h19 - Atualizado em 09/10/2013 19h24

Ipea defende parcelamento de abono salarial contra rotatividade

Benefício, de um salário mínimo, é pago hoje em parcela única.
Para receber, trabalhador precisa estar cadastrado há 5 anos no PIS.

Do G1, em Brasília

O ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, defendeu nesta quarta-feira (9) o parcelamento do abono salarial, pago a trabalhadores formais que recebem até dois salários mínimos por mês.
 

De acordo com Neri, o parcelamento do abono pode ajudar a reduzir o índice de rotatividade dos trabalhadores brasileiros, que ele considera “muito alto". Ele apontou que alongar a relação entre empregados e empresas é importante para incentivar o investimento no treinamento dos trabalhadores.

“Hoje o trabalhador sabe que não vai ficar muito tempo naquela empresa, e a empresa também sabe, então eles não investem [em treinamento]. Temos que criar incentivos para alongar a duração da relação de trabalho”, disse Neri. Segundo ele, a proposta ainda vai ser debatida pelo governo.

O abono salarial é pago aos trabalhadores que recebem até dois salários mínimos, que são cadastrados no PIS há pelo menos cinco anos e que tenham trabalhado por pelo menos 30 dias no ano anterior ao pagamento. Ao completar cinco anos de trabalho formal, portanto, a pessoa tem direito a um salário mínimo, pago em parcela única.

Pela proposta de Neri, esse valor passaria a ser parcelado em 12 vezes ao invés de pago de uma só vez, também no sexto ano. Assim, se o trabalhador se demitir no segundo mês do sexto ano de trabalho, deixa de receber as outras dez parcelas do benefício, o que o incentivaria a permanecer no emprego.

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