09/10/2013 20h06 - Atualizado em 09/10/2013 20h48

Poupança segue interessante mesmo com alta do juro, diz Anefac

Poupança perde para fundos se taxa de administração for menor de 0,5%.
Isso normalmente ocorre para aplicações acima de R$ 50 mil, diz entidade.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Mesmo com a elevação da taxa básica de juros para 9,5% ao ano, por conta da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira (9), os rendimentos da caderneta de poupança vão continuar "interessantes" frente aos fundos de renda fixa, segundo estudo divulgado pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Desde o fim de agosto, a poupança voltou a registrar um rendimento de 6,17% ao ano independentemente da variação da Taxa Referencial (TR).

Isso já que "a caderneta de poupança tem seu ganho garantido por lei (TR + 6,17% ao ano) e não sofre qualquer tributação diferentemente dos fundos de renda fixa que possuem tributação do imposto de renda sobre seus rendimentos, sendo maior esta tributação quanto menor for o prazo de seu resgate além de ter a cobrança da taxa de administração cobrada pelos bancos", observou a Anefac.

De acordo com a entidade, a poupança só perde para os fundos de investimento, independente do prazo de resgate, quando a taxa de administração cobrada pelos fundos for a mais baixa (de 0,50% ao ano), que normalmente para aplicações de valores maiores acima de R$ 50 mil.

Fundo de reserva
Especialistas avaliam que, independente do rendimento, a caderneta de poupança ainda é uma boa opção de investimento para pequenos poupadores, para pessoas que buscam aplicações de curto prazo ou que procuram formar um "fundo de reserva" para emergências – uma vez que não há incidência do Imposto de Renda.

Nos fundos de investimento, ou até mesmo no Tesouro Direto, programa do governo de compra de títulos públicos pela internet, há cobrança do IR e, na maior parte dos casos, de taxa de administração. Nos fundos de investimento e no Tesouro Direto, o IR incide com alíquota regressiva, ou seja, quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor é o valor da alíquota incidente no resgate.

Número de poupadores
Dados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), consolidados pelo Banco Central, mostram que a caderneta de poupança continua atraindo milhões de pessoas. No fim de 2012 (último dado disponível), 108,9 milhões de pessoas possuíam valores depositados na caderneta de poupança.

Os números mostram que houve crescimento no ano passado, mesmo com a alteração nas regras do rendimento da poupança, visto que, no fechamento de 2011, o número de poupadores estava em 97,9 milhões de pessoas.

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