Economia

Após fracasso na Câmara, Senado dos EUA retoma negociação sobre aumento do teto da dívida

Proposta reabriria o governo até 15 de janeiro
Deputado John Boehner, presidente da Câmara dos EUA e líder republicano Foto: MARK WILSON / AFP
Deputado John Boehner, presidente da Câmara dos EUA e líder republicano Foto: MARK WILSON / AFP

WASHINGTON - A Câmara dos Deputados dos EUA decidiu adiar a votação prevista para a noite desta terça-feira, após um projeto elaborado pela bancada republicana não ter conseguido apoio suficiente nesta tarde. A proposta previa o aumento do teto da dívida até 7 de fevereiro, o que evitaria o calote do governo. O texto também aprovaria um novo Orçamento, reabrindo os serviços públicos até 15 de dezembro.

Mais cedo, o gabinete do presidente da Câmara, o republicano John Boehner, havia afirmado que o assunto entraria em votação ainda nesta terça.

Acordo no Senado pode sair 'nas próximas horas'

Com a decisão da Câmara, líderes do Senado retomaram as negociações, que estaval paralisadas, à espera de uma evolução dos trabalhos na Câmara. No Senado, o acordo é negociado de forma bipartidária, ao contrário dos trabalhos na Câmara, conduzidos pela liderança republicana. Segundo um assessor do Senado, um acordo pode sair "nas próximas horas"

O assessor revelou que o acordo está em conformidade com as disposições que estavam sendo negociadas no Senado antes da proposta fracassada da Câmara. As disposições incluem uma lei temporária que prevê o financiamento dos gastos do governo até 15 de janeiro.

Na noite desta terça-feira, líderes de ambos os partidos no Senado voltaram a afirmar que estavam otimistas em relação à aprovação de um plano, que, caso seja votado, ainda precisaria passar pela Câmara.

- Dado os eventos desta noite, os líderes decidiram trabalhar para uma solução que reabriria o governo e evitaria o calote. Eles estão otimistas sobre a possibilidade de que um acordo seja alcançado - disse Don Stewart, porta-voz do senador Mitch McConnel, líder republicano.