01/10/2013 12h50 - Atualizado em 01/10/2013 13h09

3,5 milhões saem da pobreza em 2012, mas 15,7 milhões permanecem

Estudo do IPEA, sobre dados do Pnad, foi divulgado nesta terça-feira.
1,07 milhão de pessoas saíram da extrema pobreza, diz levantamento.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que 3,47 milhões de pessoas saíram da pobreza em 2012.

Entretanto, o documento, divulgado nesta terça-feira (1º) pelo governo federal, também revela que 15,7 milhões de brasileiros ainda permaneciam abaixo da linha de pobreza no ano passado, ou seja, sobreviviam com menos de R$ 150 por mês (US$ 2,5 por dia). Em 2011, esse contingente de pessoas somava 19,17 milhões.

Ainda de acordo com o estudo, 1,07 milhão de brasileiros deixaram a chamada "extrema pobreza" no ano passado, mas 6,53 milhões de pessoas ainda permaneciam nesta condição - caracterizada por uma renda inferior a R$ 75 por mês (US$ 1,25 por dia). No ano anterior, 7,6 milhões de brasileiros estavam abaixo da linha de pobreza extrema.

Segundo o presidente do Ipea, e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, a renda do trabalho foi a principal responsável pela saída de pessoas da linha de pobreza no ano passado. "Houve redução do desemprego e aumento real dos salários. Mas eu também daria destaque ao Bolsa Família", declarou ele.

Neri avaliou que a pobreza caiu bastante, de 10,7% da população em 2011 para 8,5% no ano passado - um recuo de quase 20% - ao mesmo tempo em que a extrema pobreza passou de 4,2% para 3,6% da população brasileira nesta comparação, uma queda de 15,9%.

"O PIB cresceu pouco em 2012, que foi o ano do 'pibinho' [alta de 0,9% sobre 2011] e a desigualdade pelo índice de gini ficou parada. O PIB per capita subiu 0,1% em 2012, mas a renda per capita média subiu 7,98%, um crescimento chinês. Já a pobreza caiu bastante, cinco ou seis vezes mais rápido do que a meta do milênio", analisou o presidente do Ipea.

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