11/11/2013 16h00 - Atualizado em 11/11/2013 16h01

Navio José de Alencar será entregue nos próximos dias, diz Transpetro

Segundo presidente, Programa de Modernização da Frota saiu da inércia.
'Ministério dos Transportes tem que deixar de ser Ministério das Estradas.'

Lilian QuainoDo G1, no Rio

Antenor Barros Leal, Júlio Lopes e Sérgio Machado (Foto: Lilian Quaino/G1)Antenor Barros Leal, presidente da Associação
Comercial, Júlio Lopes, secretário estadual de
Transportes, e Sérgio Machado, presidente da
Transpetro (Foto: Lilian Quaino/G1)

O navio de produtos José de Alencar será entregue pelo Estaleiro Mauá nos próximos dias,segundo anunciou o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, nesta segunda-feira (11) em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro, onde foi homenageado.

"No início de 2014 será entregue o Dragão do Mar, do Estaleiro Atlântico Sul (EAS). Temos oito navios e quatro barcaças em construção. O programa saiu da inércia e está no rumo certo em busca da competitividade mundial", disse ele,  referindo-se ao Programa de Modernização da Frota (Promef) da Transpetro.

Em 2013, já entraram em operação o navio de produtos Rômulo Almeida, entregue em janeiro, pelo Estaleiro Mauá,  e o suezmax Zumbi dos Palmares, entregue em maio pelo EAS, de Pernambuco.  Com o José de Alecar, o Promef se mantém na meta de entregar à Transpetro três navios por ano.

Segundo declarou a empresários, "o petróleo no Brasil não vai ser uma maldição, não vai concentrar riqueza nas mãos de poucos".

"Temos 15 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas, com o pré-sal, essas reservas vão para 50 bilhões, superior à Líbia. Na produção mundial, estamos em 11º lugar, mas seremos o 4º lugar em quatro ou cinco anos. O petróleo já foi descoberto, estamos fazendo mineração: é só o tempo de fazer essa riqueza", disse.

Para ele, o Brasil é "a bola da vez na indústria naval mundial: "O Brasil hoje tem a terceira maior carteira de petroleiros do mundo".

Segundo o executivo, o Campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, vai precisar de 12 a 18 plataformas, além de barcos de apoio e navios.

Sérgio Machado disse ainda que a matriz do transporte brasileiro sempre foi errada. Segundo explicou, o custo da logística do Brasil é superior a 12 % do PIB, enquanto o dos Estados Unidos chega a  8%.

"Logística é o que dá competitividade a um país. O modal rodoviário ocupa mais de 60% da matriz de transporte, tirando os granéis líquidos, que a Petrobras transporta, o percentual sobe para 90%.O transporte rodoviário custa duas vezes mais que o ferroviário e que o aquaviário. O Ministério dos Transportes tem que deixar de ser o Ministério das Estradas e tem de passar a ser o das Ferrovias, das Hidrovias, modais baratos, limpos, que ajudam na mobilidade social", disse, explicando ainda que hidrovia do Rio Tietê vai reduzir em 80 mil as viagens de caminhão por ano. 

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