12/11/2013 06h30 - Atualizado em 12/11/2013 06h41

No norte do PI, barragem garante produção de peixes e de agricultores

Um lugar com muito verde, água e ciclos regulares de plantio e colheita.
Cenário é bem diferente do semiárido, onde a seca devasta as plantações.

Do Globo Rural

O povoado parece um oásis bem no meio do sertão piauiense. Tem igrejinha, as casas antigas e a barragem no Rio Caldeirão, que deu nome ao local.

Localizado na zona rural de Piripiri, o Lago da Barragem do Caldeirão ocupa uma área de mil hectares. Por causa da seca, o nível do reservatório baixou, mas ainda acumula cerca de 40 milhões de metros cúbicos de água. Parte desce por um canal, que tem 18 quilômetros de extensão, entre o lago e a estação de piscicultura.

O laboratório criado pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, Dnocs, produz alevinos em oito viveiros. São oito espécies de peixes, entre elas, a tilápia, o tambaqui e o pirarucu, considerado o maior peixe de água doce, que chega a medir até três metros e pesar 280 quilos. Os técnicos piauienses tentam a reprodução do pirarucu em cativeiro.

Além da criação de peixes, a água da barragem também é utilizada para agricultura. São 388 hectares irrigados com água do Rio Caldeirão.

Cerca de 100 famílias cultivam na área irrigada. Elas plantam, principalmente, feijão e melancia. João Batista de Oliveira tem um lote de três hectares. Ele fugiu da seca para plantar no perímetro irrigado mantido pelo Dnocs. “Quando eu estava no interior, só tinha a cultura no inverno, já aqui, nós produzimos no inverno e no verão”, diz.

A estação de piscicultura fornece alevinos para cerca de mil criadores do Piauí, Ceará e Maranhão.

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