12/11/2013 11h22 - Atualizado em 12/11/2013 11h59

BB reduz previsão de alta da carteira de crédito de pessoa física em 2013

Entre motivos estão redução da demanda e alta da concorrência, diz banco.
BB teve lucro de R$ 2,7 bi no 3º tri, queda de 0,9% sobre 3º tri de 2012.

Gabriela GasparinDo G1, em São Paulo

Ivan Monteiro em coletiva de imprensa nesta terça-feira (Foto: Gabriela Gasparin/G1)Ivan Monteiro em coletiva de imprensa nesta
terça-feira (Foto: Gabriela Gasparin/G1)

O Banco do Brasil divulgou nesta terça-feira (12) que prevê alta menor da carteira de crédito a pessoa física em 2013 com relação ao previsto inicialmente. Nesta manhã, o banco anunciou ter registrado lucro líquido de R$ 2,704 bilhões no terceiro trimestre de 2013, resultado 0,9% inferior ao de R$ 2,728 bilhões do mesmo período do ano passado.

Com a revisão, a alta da carteira de crédito prevista para este ano está entre 14% e 18%, sobre previsão anterior entre 16% e 20%.

O aumento da concorrência no setor e a redução da demanda das famílias são os principais motivos para a revisão, de acordo com Ivan de Souza Monteiro, vice-presidente de operação financeira e de relações com investidores do banco. "O banco não cria demanda, ele segue o comportamento da sociedade (...). À medida que a demanda sobe, naturalmente o banco captura maior parcela", disse.

O crescimento da carteira de crédito de pessoa física do banco foi de 14,1% no terceiro trimestre em 12 meses, para R$ 163,983 bilhões (resultado com a carteira do Banco Votorantim e carteiras adquiridas).

Se levada em conta apenas a carteira de crédito orgânica, formada por operações com clientes pessoa física do Banco do Brasil (sem BV e carteiras adquiridas), o crescimento foi de 20,4% em 12 meses, para R$ 130 milhões.

Monteiro explicou que o banco concentra sua atuação em carteiras de menor risco, como o crédito consignado, CDC salário, financiamento de veículos e crédito imobiliário. Disse que o banco tem ampliado sua atuação com clientes considerados de menor risco, de modo a reduzir a inadimplência.

Dentro da carteira orgânica, o crédito imobiliário atingiu R$ 15,6 bilhões, participação de 12%. O consignado, R$ 51,4 bilhões, participação de 39,6%. Veículos, por sua vez, ficou com R$ 12 bilhões e participação de 9,2%.

Alta dos juros
Monteiro disse, ainda, que com a alta da Selic (taxa básica de juros da economia, que está em 9,5% ao ano), o banco faz aumento imediatamente em algumas linhas, como o cheque especial. "O cheque especial sobre reprecificação imediata", disse, esclarecendo que outras linhas, contudo, há o prazo de 90 a 100 dias para que o banco tenha ganhos.

Carteira de crédito ampliada
De acordo com a instituição, a carteira de crédito ampliada atingiu R$ 652,3 bilhões em setembro, crescimento de 22,5% em 12 meses e de 2,1% frente ao trimestre anterior.

Nesse período, o destaque ficou com os financiamentos às empresas e ao agronegócio. O banco diz que manteve sua liderança em crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), atingindo 20,7% de participação de mercado.

"O BB escolheu como foco em pessoa jurídica os financiamentos de infraestrutura, isso gera um carregamento aos próximos anos importante. Nós aqui temos sempre compromisso com o setor produtivo do país, à medida que a agricultura expande, o banco expande sua atuação, as demais ocorrem de acordo com a demanda", afirmou.

Quanto aos índices de inadimplência do banco, o de operações vencidas há mais de 90 dias representou 1,97% da carteira de crédito. Se desconsiderada a carteira do Banco Votorantim, esse índice seria de 1,78%. No mesmo período, o SFN registrou índice de 3,30%.

 

 

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