13/11/2013 19h22 - Atualizado em 14/11/2013 15h55

Conar absolve anúncio de oferta de emprego para 'cheirosa e talentosa'

Agência procurava diretora de arte charmosa, cheirosa e talentosa.
Anúncio foi classificado como machista por consumidores e criou polêmica.

Do G1, em São Paulo

Reprodução de anúncios publicados pela agência no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)Reprodução de anúncios publicados pela agência no
Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) decidiu arquivar o processo aberto contra um anúncio de emprego da Tema Propaganda que causou polêmica ao afirmar que procurava uma candidata "charmosa, cheirosa e talentosa".

O anúncio foi postado na página da agência no Facebook no dia 7 de agosto e foi classificado como machista por internautas. A postagem recebeu mais de 700 comentários, quase 200 compartilhamentos e muitas reclamações.

A peça da agência com sede no Espírito Santo trazia o seguinte texto: "Redator procura Diretora de Arte charmosa, cheirosa e talentosa". Depois, uma frase em letras menores menor complementava o anúncio: "Ok, se você for um Diretor de Arte talentoso e com experiência também serve.”

Após a repercussão, a agência postou a mesma vaga com um outro texto: "Contrata-se: Diretora/Diretor de arte com experiência e humor".

Em reunião realizada nesta quarta-feira (13), o Conselho de Ética do Conar deciciu arquivar o processo por unanimidade. Procurado pelo G1, o Conar não deu detalhes sobre a decisão que 'absolveu' a agência, mas explicou que o arquivamento significa que nenhuma das reclamações feitas contra o anúncio foram acolhidas.

Procurada pelo G1, a Tema Propaganda afirmou que o resultado já era esperado e destacou que o Ministério do Trabalho também julgou na mesma linha do Conar e arquivou uma denúncia feita por um consumnidor contra o anúncio.

"Isso demonstra que apesar de vivermos num pais cheio de contradições, ainda respiramos uma democracia onde o direito à liberdade de expressão ainda é respeitado", disse o diretor da agência Takaschi Sugui.

Para ele, o episódio "dá um recado para as pessoas que interpretaram de maneira discriminatória" o anúncio, de forma que a que "procurem se informar um pouco mais sobre direitos antes de denunciarem ou ofenderem empresas ou instituições".

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