Os pecuaristas de todo Brasil estão reclamando do grande aumento que houve no preço da vacina contra a febre aftosa. A situação surpreende em plena campanha de vacinação do gado.
O pecuarista Matheus Arantes acompanhou a vacinação contra a aftosa das 1,5 mil cabeças de gado, menores de dois anos, na propriedade de pouco mais de 700 hectares, localizada em Três Lagoas, no leste de Mato Grosso do Sul.
O criador reclama do aumento no preço da vacina nesta segunda etapa da campanha. Em maio, na primeira etapa, ele pagou R$ 0,90 pela dose. Depois de seis meses, o valor subiu para R$ 1,50. Houve aumento de 66%.
Pouco mais de 30% dos produtores rurais vacinaram o rebanho até o momento Em Mato Grosso do Sul. Em uma loja agropecuária do Estado, desde o dia 1 de novembro, quando teve início a segunda etapa da campanha de vacinação, até agora foram vendidas poucas doses da vacina e o estoque permanece: lotado.
“A procura está meio fraca. Não sei se é por conta dessa vacina estar um pouca alta e o pessoal esperando para ver se vai ter alguma baixa. Eu acredito que não vá ter”, diz José Mauro de Grandi, gerente da loja.
A Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) pediu que o Sindicato Acional das Indústrias de Saúde Animal esclareça os motivos desse elevado aumento no preço das vacinas. “É uma vacina obrigatória e tem uma previsão do número de vacinas. Não justifica tal aumento”, Ruy Fachini.
O sindicato das indústrias que fabricam a vacina não quis se manifestar sobre o assunto.
