As vendas à vista e a prazo no comércio paulistano cresceram, em média, 3,7% na 1ª quinzena de novembro em relação a igual período de 2012, de acordo com indicadores divulgados nesta segunda-feira (18) pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O desempenho na 1ª quinzena de novembro foi puxado pelas vendas a prazo.
Vendas a prazo e à vista
O Indicador de Movimento do Comércio a Prazo (IMC) cresceu 5,9% na mesma base de comparação. A alta decorre das vendas de bens duráveis, impulsionadas por programas como o Minha Casa Melhor, por antecipações de vendas natalinas e pela base fraca de novembro do ano passado, quando houve expansão de apenas 0,3% em relação a novembro de 2011.
Quando se compara com a 1ª quinzena de outubro, houve queda sazonal de 9,2%. A ACSP destaca que o mês passado contou com um dia útil a mais e com a data comemorativa do Dia das Crianças.
O Indicador de Movimento de Cheques (ICH), que mede as vendas à vista, teve alta de apenas 1,5% ante igual período de 2012. Para a entidade, o crescimento decorre das alterações no tempo: sem temperaturas elevadas, os consumidores não estão motivados ainda para ir às compras de roupas de verão, por exemplo. Mas tendência é que as vendas melhorem quando as temperaturas se firmarem.
Na comparação com a 1ª quinzena de outubro o indicador apresentou queda de 5,6%. A ACSP destaca que o recuo também se deve a razões sazonais, como no caso do indicador de vendas a prazo.
Registro de inadimplentes e recuperação de crédito
O Indicador de Registro de Inadimplentes aumentou 6,4% na 1ª quinzena de novembro ante outubro – uma alta sazonal, já que os consumidores podem ter se endividado nas compras do Dia das Crianças. Em relação a 2012, houve aumento de 4,8%.
Refletindo as fortes campanhas de recuperação de crédito e os feirões de renegociação de dívida, foram registradas altas mais elevadas no Indicador de Recuperação de Crédito, de 9,8% e de 7,9% em relação a outubro e ao mesmo período de 2012, respectivamente.
Para a ACSP, os números divulgados nesta segunda-feira sinalizam que a inadimplência deverá cair, e esse cenário deve ter continuidade à medida que os trabalhadores recebam o 13º salário – a exemplo de anos anteriores.
