05/11/2013 10h22 - Atualizado em 05/11/2013 10h27

Cai diferença de desemprego entre negros e não negros na Grande SP

Em 2012, taxa ficou em 12,4% para negros; a de não negros ficou em 10%.
Diferença de 2,4 pontos é a menor da série histórica, diz Seade.

Do G1, em São Paulo

As diferenciais entre as taxas de desemprego total de negros e não negros diminuiu em 2012 na Região Metropolitana de São Paulo, com contribuição do crescimento econômico da última década, aponta pesquisa divulgada nesta terça-feira (5) pela Fundação Seade.

Em 2012, as taxas de desemprego total de negros ficou em 12,4% e a de não negros, em 10%. A diferença, de 2,4 pontos percentuais, é a menor da série histórica, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), iniciada em 1985 - em 2003, por exemplo, era de 6,9 pontos porcentuais, destaca a pesquisa.

O segmento de negros é composto por pretos e pardos e o de não negros engloba brancos e amarelos.

Rendimentos
Os rendimentos médios por hora, contudo, ainda mostram grande desigualdade, apesar de também terem apresentado avanço.

O rendimento médio por hora de negros (R$ 7,30) representava 63,2% daquele recebido por não negros (R$ 11,56), em 2012. Em 2003, os rendimentos dos negros representavam 51,8% do rendimento dos não negros.

"Apesar de patamares muito distantes, o crescimento mais intenso do rendimento por hora dos negros (8,7%) em relação ao dos não negros (4,8%), entre 2011 e 2012, reduziu, ainda que timidamente, essa diferença", diz a divulgação.

Mercado de trabalho
De acordo com o estudo, em 2012, os negros na Região Metropolitana de São Paulo representavam cerca de 34% da População em Idade Ativa (PIA) e 35% da População Economicamente Ativa (PEA) – pessoas inseridas no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas. O contingente de desempregados dos negros continuava sobrerrepresentado, com 40%, destaca a divulgação.

Entre 2011 e 2012, a taxa de participação (a proporção da PEA em relação à PIA) elevou-se para negros e não negros, embora mais intensamente para os negros, passando a corresponder a 64,6% e 62,8%, respectivamente.

A taxa de participação de negros e não negros aumentou mais intensamente em alguns grupos populacionais específicos, como o de mulheres e cônjuges negras, os mais velhos e aqueles com menor nível de instrução negros e não negros.

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