05/11/2013 17h39 - Atualizado em 05/11/2013 18h13

Bovespa fecha em queda, puxada por setor financeiro

Ibovepa teve queda de 1,11%, para 53.831 pontos.
Ações da OSX, de Eike Batista, sobem mais de 20%.

Do G1, em São Paulo

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa nesta terça-feira (5), pressionada por papéis do setor financeiro e com investidores preocupados com a deterioração do cenário fiscal brasileiro e o futuro da política monetária norte-americana.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, terminou o pregão em queda de 1,11%, aos 53.831 pontos.

As ações ordinárias do Itaú Unibanco recuaram 2,15%, segundo dados preliminares, enquanto as preferenciais tiveram queda de 1,65%. Já os papéis do Bradesco caíram mais de 1%.

Papéis de empresas que divulgaram resultados trimestrais entre o fechamento de segunda-feira e a abertura da sessão, como Cielo e BR Properties, também recuaram.

"A tendência de ganhos lá fora perdeu força, após máximas históricas terem sido atingidas nos EUA. Também estamos tendo uma pausa para respirar nos últimos dias", afirmou à Reuters o sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira.

No cenário doméstico, a deterioração do cenário fiscal, que contribuiu para a alta de quase 2% do dólar, gerou pessimismo entre investidores. O resultado primário deficitário de setembro, divulgado na semana passada, foi o pior para o mês na série histórica do Banco Central.

"A bolsa está trabalhando em cima de uma linha de suporte de tendência de alta traçada recentemente. Mas muito ainda se fala da situação do Brasil em termos do desempenho econômico... Uma tomada de decisão mais definitiva fica muito incerta. O mercado está lateralizado há quatro dias", afirmou também à Reuters o analista Leandro Silvestrini, da Intrader.

Na contramão do mercado, as ações da OSX, empresa de construção naval do grupo de Eike Batista, subiram mais de 20%, também segundo dados preliminares. A alta foi impulsionada por uma noticia da agência Reuters informando que a empresa teria obtido refinanciamento de um empréstimo de US$ 400 milhões com a Caixa Econômica o Banco Santander.

"Para uma empresa que está quase quebrando, isso (rolagem doempréstimo) é uma ótima notícia", disse um gestor, que pediu para não ser identificado.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de