Cebolinha, couve, tomate cereja, que água na boca. Mas a principal produção não é a que nasce do chão e sim as estruturas para hortas em jardineiras e até em vasinhos na parede.
“Tendo as condições básicas necessárias, que são o sol, a luz e a água, em qualquer lugar é possível ter uma horta”, explica a bióloga Márcia Marques.
Márcia e a nutricionista Carla fazem todo o projeto para quem quer produzir verduras e legumes em pequenos espaços. Foi daí que surgiu a ideia de montar uma empresa sobre hortas urbanas.
Alguns dos melhores frutos que Carla e a Márcia plantaram é possível ver em escolas de Belo Horizonte. E não estão só nas hortas, mas nas sementes que florescem na vida das crianças.
Elas cuidam dos canteiros, que ficam suspensos em um muro.
As crianças aprendem também sobre o ciclo das plantas e muitas passam a ter gosto por uma alimentação mais saudável.
Carla e Márcia perceberam que existia este mercado porque começaram a ser procuradas para dar cursos e montar pequenas hortas em escolas e apartamentos. Elas recorreram à Embrapa, onde tiveram assessoria sobre técnicas de plantio, e descobriram um modelo de jardineira que passaram a fabricar. Hoje, tudo é produzido no quintal de casa com tubos de PVC cortados ao meio.
Pratinhos plásticos fecham as laterais. Embaixo, furos drenam a água. O preparo para o plantio é feito com argila expandida, coberta por uma manta também para drenagem e a terra vegetal é misturada com areia e substrato.
O empresário Carlos Renato Maia foi um dos primeiros clientes, há dois anos e meio. Ele escolheu cultivar temperos, como pimenta, sálvia e cebolinha. O que brota em casa é usado nas refeições da família, para ele, um orgulho e quase uma terapia.
No alto de uma cobertura, em um bairro populoso, Carlos tem um pedacinho de terra para cuidar. “É muito mais gostoso vir para cá mexer com tudo isso e fazer essa interação terra, planta crescendo, criança observando do que o próprio fato de usufruir daquilo que está produzindo. Bom para a cabeça e para saúde também”, diz.