22/11/2013 14h04 - Atualizado em 22/11/2013 17h42

Galeão e Confins têm ágio menor que Guarulhos, Viracopos e Brasília

Leilão desta sexta teve ágio de 251,74%, contra 347% do de 2012.
Maior diferença até o momento foi a de Brasília, com ágio de 673,89%.

Do G1, em São Paulo

O resultado da terceira rodada de concessões de aeroportos brasileiros, realizada nesta sexta-feira (22), foi considerado positivo por governo e analistas de mercado, embora o desempenho não tenha sido tão expressivo quanto o do leilão que concedeu os aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos à iniciativa privada, no início do ano passado.

No evento desta sexta-feira, o governo arrecadou R$ 20,84 bilhões – valor que representa ágio de 251,74% em relação ao mínimo fixado, de R$ 5,9 bilhões.

Individualmente, o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, foi arrematado por R$ 19 bilhões, ágio de 293,91%; enquanto o de Confins, em Minas Gerais, saiu por R$ 1,82 bilhão, que corresponde a ágio de 66%. Os lances mínimos eram de R$ 1,096 bilhão para Confins e R$ 4,828 bilhões para o Galeão.

Em fevereiro do ano passado, as ofertas vencedoras do leilão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília somaram R$ 24,54 bilhões. O ágio total do leilão foi de 347%, considerando o valor mínimo de R$ 5,477 bilhões que o governo pedia pelos três aeroportos.

O aeroporto de Guarulhos foi arrematado por R$ 16,213 bilhões, com ágio de 373,5% sobre o valor mínimo estabelecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A concessão de Viracopos, em Campinas, saiu por R$ 3,821 bilhões, um ágio de 159,75%. O maior ágio ficou com o terminal de Brasília, que foi arrematado por R$ 4,501 bilhões, com ágio de 673,89%.

Confira as diferenças
Leilão de Brasília, Guarulhos e Viracopos – ágio total de 347%
Leilão de Galeão e Confins – ágio total de 251,74%
Brasília – ágio de 673,89%
Guarulhos – ágio de 373,5%
Galeão – ágio de 293,91%
Campinas – ágio de 159,75%
Confins – ágio de 66%

Leilão de aeroportos
A terceira rodada de concessões de aeroportos brasileiros garantiu ao governo Dilma Rousseff uma arrecadação total de R$ 20,8 bilhões - o que representa um ágio de 251,74% em relação ao mínimo fixado pelo governo, de R$ 5,9 bilhões.

O aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, foi arrematado por R$ 19 bilhões (ágio de 293,91%) pelo consórcio Aeroportos do Futuro. Já o de Confins, em Minas Gerais, foi arrematado por R$ 1,82 bilhão (ágio de 66%), pelo consórcio AeroBrasil. Os lances mínimos eram de R$ 1,096 bilhão para Confins e R$ 4,828 bilhões para o Galeão.

O prazo de concessão será de 25 anos para o Galeão e de 30 anos para Confins. Pelo modelo adotado pelo governo, a Infraero – estatal responsável pela administração dos aeroportos federais – será sócia do consórcio vencedor com 49% de participação.

Vencedores
O consórcio Aeroportos do Futuro é composto pela Odebrecht TransPort Aeroportos S.A., com 60% de participação, e pelo operador Excelente B.V. (cujo titular é a Changi, operadora do aeroporto de Cingapura), com participação de 40%.

Já o consórcio AeroBrasil, que arrematou Confins, é formado pelas empresas Companhia de Participações em Concessões CPC, que é controlada pela CCR (75%), Zurich Airport International AG (24%) e Munich Airport International Beteiligungs GMBH (1%).

Ao todo, cinco consórcios participaram do leilão realizado nesta sexta-feira na sede da Bovespa, em São Paulo. Foram apresentadas cinco propostas para o Galeão, e três para Confins. Na fase viva-voz, apenas Confins teve novas propostas apresentadas.

Iniciativa privada
O processo de entrega da infraestrutura aeroportuária brasileira à iniciativa privada teve início em agosto de 2011, quando foi leiloada a concessão para construção e operação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte.

São Gonçalo foi arrematado pelo consórcio Inframérica – o mesmo que depois venceria o leilão do aeroporto de Brasília –, com proposta de R$ 170 milhões e ágio de 228,82% em relação ao mínimo exigido pelo governo para a outorga.

Já em fevereiro de 2012, o leilão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília rendeu ao governo R$ 24,5 bilhões, ágio médio de 347% em relação à soma dos lances mínimos para os três, de R$ 5,477 bilhões. No total, 11 consórcios participaram da disputa.

O maior ágio foi do aeroporto de Brasília, que obteve oferta de R$ 4,51 bilhões pelo Consórcio Inframérica, com lance 673,39% sobre o preço mínimo. Em segundo lugar ficou o de Guarulhos, com ágio de 373,51%, oferecido pelo Consórcio Invepar ACSA, cuja proposta foi de R$ 16,21 bilhões. O Consórcio Aeroportos Brasil arrematou o de Campinas, com oferta de R$ 3,821 bilhões, 159,75% acima do preço mínimo.

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