Quem planta tuia, o tradicional pinheiro de Natal, está satisfeito com as vendas. Em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, os produtores dizem que a concorrência com as árvores artificiais diminuiu.
Um dos sítios da cidade tem bastante opções, mas as populares de 50 centímetros, as de 1 metro e as maiores, de 2,5 metros, são as mais procuradas. Qualquer que seja o tamanho, nesta época, o consumidor está de olho na qualidade desse símbolo do Natal e, para isso, o trabalho dura o ano todo.
"Janeiro e fevereiro tem a primeira poda. No mês de julho tem que ter a segunda poda. E agosto, setembro já começa a ficar pronta para o fim do ano", explica o agricultor José Adolfo Toledo.
Duzentas tuias são colhidas, em média, por dia no sítio. Cerca de nove mil árvores devem ser vendidas até a segunda semana de dezembro. As tuias mais vendidas são da variedade áurea.
Os negócios aumentaram em relação ao ano passado já que, com a alta do dólar, diminuiu a procura pelas árvores artificiais, geralmente importadas da China. Além disso, como a cada ano diminui o número de produtores que se dedicam ao cultivo da árvore, a oferta está caindo. Portanto, quem tem tuia está vendendo mais e por preços melhores.
É o caso de Wilson de Oliveira, que está revendendo os menores tamanhos pelo dobro do preço de 2012. "O preço mínimo de uma árvore pequena é R$ 10. Um pouquinho mais alta, de 1 metro, está na faixa de R$ 20", diz.
As plantas são um investimento do agricultor, que acredita que as pessoas voltaram a valorizar o que só os pinheirinhos tem. “Ela é uma árvore cheirosa, se você põe dentro de casa, tem aquele cheiro. Não é igual à artificial, que não tem nada, né? É uma árvore morta, essa não, essa aí é viva", argumenta.
