• Por Fabiano Candido com Amanda Nogueira
Atualizado em
amigo_secreto_presente_festa (Foto: Thinkstock)

Estipular margem de preço e tema para os presentes pode evitar frustrações no amigo secreto da empresa (Foto: Thinkstock)

Motivo de amor para alguns e ódio para outros, o amigo secreto no ambiente de trabalho tem grandes chances de “ser uma furada”, dizem os especialistas.

Numa equipe, sempre existe um grupo tímido e outro mais extrovertido. E juntá-los é uma tarefa complicada, já que os profissionais podem agir de maneiras diferentes e podem se decepcionar com o resultado da festa de amigo secreto.

Por este motivo, a brincadeira só é aceitável caso a equipe seja muito próxima, dizem as especialistas Sandra Maia, coordenadora do curso de tecnologia em eventos do Centro Universitário Senac, e Lícia Egger, consultora de imagem e etiqueta corporativa.

Mesmo assim, é preciso cuidado. “Muita gente não se relaciona fora do ambiente de trabalho. E algumas pessoas têm dificuldades financeiras e podem não ter dinheiro para comprar um presente”, afirma Egger. “O ideal, portanto, é sempre optar por uma comemoração alternativa”, diz.

Mas se a equipe insistir em fazer a brincadeira, o funcionário deve arrumar um jeito de participar. “Quando você opta por não fazer parte, você está mostrando nitidamente a sua desaprovação com aquilo, e, de certa forma, criticando quem faz parte da brincadeira. Para ter uma boa imagem, o profissional precisa pagar um preço”, diz Egger.

Neste caso, o chefe ou o dono da empresa deve ter bom senso. A saída recomendada por Maia é estipular regras para a brincadeira. Comece determinando um valor simbólico para o presente – a margem de preço não deve ser grande, afinal, é preciso levar em conta as diferenças salariais para ninguém se prejudicar. Definir um tema específico pode ajudar a diminuir a expectativa – e possível frustração – dos participantes: sugira trocas de livros ou vinhos, por exemplo.

Por fim, esqueça os bilhetes ou presentes engraçadinhos. Para Maia, eles estão fora de cogitação em um ambiente profissional. “Não dá pra confundir, daí para assédio moral ou sexual é um pulo”, alerta.