Cultura

Bhering: dois decretos da prefeitura garantem presença de artistas no prédio

Eduardo Paes assinou documentos determinando tombamento e desapropriação do espaço

O edifício da Bhering: vendido por R$ 3,2 milhões a uma imobiliária para sanar débito tributário dos donos do imóvel
Foto: Carlos Ivan / Agência O Globo
O edifício da Bhering: vendido por R$ 3,2 milhões a uma imobiliária para sanar débito tributário dos donos do imóvel Foto: Carlos Ivan / Agência O Globo

RIO - Depois de se manifestar no Twitter em favor dos mais de 50 artistas que ocupam o prédio da antiga fábrica Bhering, no Santo Cristo, o prefeito Eduardo Paes assinou dois decretos nesta segunda-feira que garantirão a presença dos ateliês de arte no edifício.

Com os decretos — um de tombamento e outro de desapropriação —, que serão publicados no Diário Oficial nesta terça-feira, o prédio da Bhering passa a ser patrimônio histórico e cultural, além de agora pertencer à prefeitura. Os empresários que arremataram o espaço em leilão serão indenizados.

— Os artistas permanecem no prédio. Esse era o objetivo da prefeitura desde o início, com a recuperação do porto. Todo o trabalho é para ter mais gente naquela região, e ainda mais quando se trata de força criativa, como é o caso dos artistas — diz Washington Fajardo, secretário municipal do Patrimônio Público. — Seria um contrassenso tirar os artistas dali.

O prédio da Bhering havia sido leiloado e arrematado pela Syn-Brasil Empreendimentos Imobiliários em meados de 2011. Desde então, a dona do imóvel vinha tentando impugnar a venda, sem sucesso.