Marta esteve apagada contra a Grã-Bretanha(Foto: Agência Reuters)
O fraco desempenho da seleção brasileira na derrota por 1 a 0 para a Grã-Bretanha e, principalmente, a apagada atuação de Marta chamaram a atenção nesta terça-feira, em Wembley. A camisa 10 foi facilmente anulada pela marcação britânica, pouco criando para o Brasil. Após a partida, o técnico Jorge Barcellos saiu em defesa de sua principal jogadora. Para ele, a equipe não funcionou como um todo.
- De forma coletiva, o time não atuou bem. E pra a Marta jogar bem, o coletivo tem que atuar bem. Ela estava muito marcada e não teve muito espaço hoje – justificou o treinador brasileiro, na zona mista do estádio de Wembley,
Na última segunda-feira, véspera da partida contra a Grã-Bretanha, a delegação brasileira teve de esperar cinco horas pelo ônibus que a levaria de Cardiff, no País de Gales, onde disputou os dois primeiros jogos, até Londres. O veículo quebrou no meio da estrada, e o motorista não conseguiu entrar em contato com a organização para pedir ajuda. Barcellos, no entanto, não usou o incidente como justificativa para a atuação da seleção.
- Isso aconteceu, mas não teve nada a ver com a derrota. Ninguém vai imaginar que um ônibus vai quebrar. Acontece. A parte física não foi o problema.
O treinador também deixou claro que ficou contrariado com a atuação do Brasil contra a Grã-Bretanha, mas ressaltou as que as meninas também precisam aprender com as derrotas.
- Fiquei meio aborrecido porque praticamente não fizemos nada do que treinamos. Falei pra elas: “perdemos o jogo, mas não perdemos a medalha”. Se ganhássemos hoje, teríamos que ganhar na sexta também. Temos que aprender com as vitórias e com as derrotas – disse Barcellos.
Com a derrota para a Grã-Bretanha, o Brasil terminou o Grupo E na segunda colocação e vai enfrentar o Japão, na sexta-feira, ás 13h, em Cardiff, País de Gales. Atuais campeãs mundiais, as japonesas terminaram em segundas do Grupo F, atrás da Suécia, e contam com Homare Sawa, eleita a melhor jogadora do mundo em 2011.
- O importante é colocar os pés no chão e saber que temos outro jogo, contra o Japão. Podem ter certeza que faremos de tudo para passar por elas – concluiu o treinador brasileiro.