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Vazamentos incomodam elenco, que busca novo informante do Palmeiras

Caso envolvendo João Vitor deixa jogadores do Verdão intrigados. ‘Na hora que o time ganha, essas coisas não vazam’, diz o goleiro Bruno

Por São Paulo

Bruno, goleiro do Palmeiras (Foto: Diego Ribeiro/GLOBOESPORTE.COM)Bruno critica suposto informante: 'Fácil falar sem dar
a cara' (Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)

A grande exposição de alguns problemas internos do Palmeiras incomoda os jogadores, mas eles não sabem como resolver a prática que já se tornou comum dentro do clube. O caso envolvendo o volante João Vitor foi o estopim para que o elenco buscasse um suposto informante que transitaria pelos corredores da Academia de Futebol passando informações à imprensa. O jogador chegou para trabalhar apresentando sinais de embriaguez. Era um treino fechado, a diretoria tentou abafar, mas a informação chegou à imprensa. A exemplo do ano passado, a reclamação é simples: de acordo com os jogadores, só no Palmeiras os problemas que ocorrem internamente se tornam públicos.

Em 2011, o Verdão enfrentou a mesma dificuldade e buscou culpados. O gerente de futebol Sérgio do Prado e parte da assessoria de imprensa deixaram o clube. Eles eram apontados pela diretoria e comissão técnica como os responsáveis pelos vazamentos. Mas depois das demissões, o panorama não mudou. Ficou mais ameno com o título da Copa do Brasil, mas voltou a incomodar com a má fase no Campeonato Brasileiro - com 16 pontos, o time briga para fugir da zona de rebaixamento.

- Se eu tivesse alguma ideia de quem é (o informante), já teria ido atrás. É muito fácil se esconder, falar sem aparecer, sem dar a cara. A única certeza que tenho é de que não é nenhum jogador - disse o goleiro Bruno.

- Quando a fase é boa, não há polêmica. Quando ganha, não vaza nada – completou.

João Vitor admitiu ter chegado a um treino com “hálito de cachaça”. Sem condições de trabalhar, foi dispensado e multado em 40% do salário.  Dias depois, voltou ao time e atuou na derrota por 2 a 1 para o Atlético-GO. Internamente, a diretoria desconfia de outros jogadores que estão abusando das noitadas. Para Bruno, a maioria das acusações não tem fundamento.

- Não tem motivo para expor situações como essa. Vamos supor que você tenha uma briga no vestiário. Para que levar isso para fora? As coisas são resolvidas ali dentro. Às vezes você briga para querer ganhar, e passa, mas lá fora o fato chega de outro jeito - lamentou o goleiro.

O ambiente do elenco é semelhante ao da época da Copa do Brasil. Vários jogadores entrevistados ao longo da semana asseguram que não há qualquer problema dentro do grupo. Nos treinos, o clima é aparentemente normal. Todos brincam e mantêm os costumes de meses atrás. A missão, agora, é estancar tais vazamentos às vésperas de uma partida decisiva pela Copa Sul-Americana. Com dois gols de vantagem, o Verdão pega o Botafogo nesta quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), no Engenhão.

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