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Roupa lavada: Verdão faz reunião para evitar ‘mancha’ no fim do ano

Encontro entre jogadores e Felipão serve para selar pacto contra a má fase da equipe. Zona de rebaixamento é realidade que incomoda

Por São Paulo

Marcos Assunção Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Marcos Assunção não quer mancha do rebaixamento
no currículo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Uma reunião na tarde desta quinta-feira, na Academia de Futebol, serviu para firmar um pacto para o Palmeiras se livrar logo do risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Em conversa com o técnico Luiz Felipe Scolari e todo o elenco, o assunto foi a lembrança da conquista da Copa do Brasil. Felipão disse que a doação dos jogadores precisa ser igual ou maior para o time voltar a vencer na competição - o time está em 17º, com 16 pontos, quatro abaixo do Bahia, primeiro time fora da zona de debola. A situação piorou ainda mais depois da derrota por 3 a 0 para a Portuguesa.

Capitão do time, o volante Marcos Assunção pediu a palavra em vários momentos e disse que queria como imagem final de sua carreira a conquista de uma taça, não a mancha de um rebaixamento.

- Não só para mim, mas para os jovens seria um peso muito grande. A maioria das pessoas iria se esquecer da conquista e pensar só no rebaixamento. Por isso conversamos, é necessário reagir logo. Temos de caminhar para o mesmo lado, senão as coisas pioram - afirmou Assunção.

Foi uma espécie de lavagem de roupa suja, mas sem um tom agressivo. Felipão questionou os motivos da queda de rendimento da equipe, e ouviu dos jogadores que o trabalho vai aumentar. No fim, foi selado um pacto para que o time saia logo da zona de rebaixamento - faltam 18 rodadas para o fim do Brasileirão.

Outro assunto discutido foi a existência de um informante, que estaria deixando vazar uma série de fatos restritos ao cotidiano dos jogadores. A busca começou depois que um caso envolvendo o volante João Vitor veio à tona: ele chegou a um treino sem condições físicas, após uma noite mal dormida. O próprio jogador admitiu ter aparecido no local com “hálito de cachaça”.

Mesmo com os problemas depois do título da Copa do Brasil, Marcos Assunção pede paciência à torcida. A lua de mel pós-conquista acabou na quarta-feira, na derrota para a Lusa. Os torcedores que estavam no Canindé protestaram e chamaram o time de “sem vergonha”.

- Eu, como capitão do time, só peço uma coisa: que a torcida continue apoiando, nós precisamos muito disso. Sem o torcedor, não vamos a lugar algum. Eu estou tão mal quanto eles, essa fase nos incomoda muito. Só nós, unidos, é que podemos sair dela - avisou o capitão.

Assunção está machucado e se recupera de uma artroscopia no joelho direito. O volante afirmou que deve estar à disposição do técnico Luiz Felipe Scolari em três semanas. Até lá, Correa continua como titular da equipe. O próximo jogo do Palmeiras é neste sábado, às 18h30m (horário de Brasília), contra o Grêmio.

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