Além de ter sido xingado e questionado por torcedores e conselheiros no Pacaembu, Roberto Frizzo, vice de futebol do Palmeiras, passou por momentos de tensão após o clássico em que o Corinthians venceu o Palmeiras por 2 a 0, no último domingo, no estádio do Pacaembu. O dirigente teve seu restaurante depredado e precisou se esconder embaixo de uma mesa com o presidente Arnaldo Tirone para que os dois não fossem reconhecidos pelos torcedores de uma organizada que praticaram o ato de vandalismo (assista ao vídeo).
Quando saíram do Pacaembu, Tirone e Frizzo foram jantar no restaurante "Frevinho", que pertence ao vice-presidente e fica na Rua Oscar Freire, perto do Pacaembu. Enquanto eles jantavam, cerca de dez torcedores uniformizados invadiram o local, quebraram vidros, pratos e atiraram cadeiras. Os clientes fugiram com a confusão, que durou pouco mais de um minuto. Os dirigentes, escondidos, não foram encontrados pelos vândalos. As informações são do "Bom Dia Brasil".
Além da confusão no restaurante, a porta da loja oficial do Palmeiras, no Palestra Itália, foi pichada com a frase: "Acabou a paz, vagabundos". Na manhã desta segunda-feira, funcionários do Palmeiras pintaram a frase.
Mais cedo, durante o clássico, cercado por seguranças, Frizzo assistiu ao primeiro tempo entre torcedores do Verdão, no setor VIP do estádio. Xingado por alguns, ele deixou o local e partiu para uma área mais reservada na etapa complementar. Um dos conselheiros do clube dirigiu-se ao cartola com o dedo em riste e o acusou de passividade, ofendendo também o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero
– Na Federação não tem palmeirense, Frizzo! Acorda, p...! O Del Nero é um filho da p..., ele não gosta do Palmeiras! – esbravejou.
No fim do jogo, torcedores nas numeradas, revoltados com a derrota e a arbitragem, tentaram invadir as tribunas onde estavam os dirigentes. Muitos cantavam: "Olelê, olalá, se cair pra Série B se prepara pra apanhar."