28/09/2012 07h57 - Atualizado em 28/09/2012 08h01

Produtores de coco se reúnem em AL para discutir venda e produção

Importações estão interferindo no preço do produto.
Alagoas tem mais de 5 mil produtores de coco.

Do Globo Rural

Bruno Brandão cultiva coco há mais de 20 anos na propriedade que fica no litoral norte de Alagoas. Ele reclama que a produção que tira dos 16 hectares que possui não está cobrindo as despesas. O fruto anda desvalorizado no mercado.

“Hoje a gente está vendendo coco a R$ 0,35 quando em 2002, há 10 anos, nós estávamos vendendo a R$ 0,85. Enquanto isso, os custos de produção e dos fertilizantes aumentaram cerca de 400% e a mão de obra está 300% mais cara".

Um dos motivos para a queda no preço do coco é o número de importações do fruto no estado: mais de seis mil toneladas até o mês de agosto, um aumento de 60%, se comparado com o mesmo perídodo do ano passado.

A tendência é que o valor se mantenha baixo para concorrer com o preço das importações que vêm principalmente da Ásia.

O assunto é discutido no Encontro dos Produtores de Coco do estado. Para o setor, o momento de crise é o pior dos últimos 10 anos, quando os produtores ainda estavam protegidos pela salvaguarda, uma medida que limitava as importações e garantia o equilíbrio do comércio, mas que este mês não foi renovada.

Agora, as estratégias para sair da crise são muitas e os produtores contam com uma importante aliada: a tarifa externa comum. Trata-se de um acordo firmado entre os países do Mercosul que permite o aumento das taxas aplicadas em determinados produtos importados.

Para Francisco de Paula Porto, presidente do Sindicato Nacional dos Produtores de Coco, a medida é apenas um paliativo. "A TEC encarece em 55% o produto importato, mas ela é uma grande aliada, não é o ideal”.
 

 

 


 

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