O mercado de câmbio seguia em mais um dia a determinação do governo brasileiro de manter o dólar próximo de R$ 2, com a moeda norte-americana seguindo com pouca oscilação nesta quinta-feira, mesmo com o Banco Central concluíndo a rolagem de contratos de swap que vencem no próximo dia 1º.
A moeda norte-americana fechou com queda de 0,02%, a R$ 2,0255. Na semana, o dólar acumula queda de 0,14% e no mês de outubro, de 0,12%. No ano, a moeda tem alta de 8,40%.
O BC concluiu nesta quinta a rolagem dos contratos de swap cambial reverso - equivalentes a uma compra de dólares no mercado futuro - que vencem em 1º de novembro. Foram vendidos 28.300 contratos, da oferta total de 30 mil.
"O mercado está travadíssimo. O governo já assumiu flutuação suja e intervenção pesada", afirmou o economista-chefe do BES Investimento, Jankiel Santos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, assumiu em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada na quarta-feira que o sistema cambial atualmente é de flutuação "suja" e que isso irá durar o tempo que for necessário para defender o país da chamada "guerra cambial".
Em meados de setembro e no início de outubro, o BC interveio com força para segurar o dólar acima de R$ 2, nível que foi consolidado pelo mercado como um piso informal.
Até o final do ano, segundo Santos, a taxa de câmbio deverá continuar em torno dos níveis atuais, mas para 2013 o governo poderá optar pela flexibilização da taxa com a finalidade de controlar possíveis pressões inflacionárias.
"Para manter a taxa de juros baixa e a inflação controlada, o governo deve usar todas as ferramentas possíveis e uma delas é deixar o dólar apreciar", afirmou o economista-chefe.
Ante uma cesta de moedas, o dólar também era negociado perto da estabilidade nesta quinta-feira, com leve alta de 0,03%.
O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China informou nesta quinta-feira que a produção industrial do país deve crescer mais rapidamente nos últimos três meses de 2012 do que no terceiro trimestre, apesar de a recuperação continuar marcada por incertezas nos mercados de exportação.
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