20/09/2012 19h34 - Atualizado em 20/09/2012 19h34

Petrobras disputará blocos em terra e mar, diz Graça Foster

ANP anunciou que deve leiloar blocos do pré-sal em 2013.
'Se a rodada fosse mês que vem Petrobras já estaria pronta', disse ela.

Lilian QuainoDo G1, no Rio

Graça Foster fala no encerramento da Rio Oil & Gas (Foto: Lilian Quaino/G1)Graça Foster fala no encerramento da
Rio Oil & Gas (Foto: Lilian Quaino/G1)

A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse na noite desta quinta-feira (20 ) que se as rodadas de licitações de blocos exploratórios (leilões para permitir a exploração de petróleo) fossem no próximo mês a estatal já estaria pronta para decidir seus blocos em terra e no mar. Ela, porém, não quis adiantar que blocos pretende disputar.

Ao encerrar na noite desta quinta a Rio Oil & Gas 2012, que aconteceu no Riocentro, na Zona Oeste do Rio, ela elogiou o anúncio do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, de realizar rodadas de licitação para novos blocos em maio do próximo ano, e de realizar a primeira rodada do pré-sal em novembro do próximo ano.

“Faremos um trabalho bem diversificado, visando blocos em terra e no mar. Vamos buscar parceiros e vamos entrar sozinhos em algumas áreas”, disse ela.

Transocean
Sobre a liminar que obriga a paralisação das atividades da Transocean no Brasil, juntamente com as atividades da Chevron, por conta de um vazamento em novembro de 2011, em Campo do Frade, na Bacia de Campos, Graça Foster afirmou que a Petrobras está do lado da Transocean, que tem sete sondas a serviço da estatal. Ela disse que a área jurídica da Petrobras está fazendo um trabalho em favor da liberação das atividades da Transocean. Esse trabalho, disse ela, tem a estratégia alinhada à da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e à da própria Transocean.

Graça disse acreditar que a Petrobras terá as sondas da Transocean em operação, mas afirmou que, no caso da efetiva paralisação, a companhia vai administrar a situação.

“A gente não quer considerar a hipótese de perder as sondas de um excelente operador, mas tem pessoas de área de exploração e produção da companhia trabalhando para um day after, que pode ser bom ou ruim. Dependendo do que acontecer com a Transocean, daremos um remédio A B ou C. Se acontecer de perdermos as sondas da Transocean, vai causar impacto na companhia, mas vamos administrar isso”

Comperj
Graça Foster defendeu o Complexo Petroquímico (Comperj), que está sendo construído em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, como um projeto integrado e disse que a companhia saberá buscar um preço para viabilizar o gás no Brasil. A declaração foi em referência a um possível risco para o complexo petroquímico com o preço baixo do gás de xisto nos Estados Unidos, que pode atrair investimentos.

“Se o gás de xisto persistir por longos prazos, poderá de fato atrair a indústria química e petroquímica de forma intensa. Mas a Petrobras é uma empresa integrada de energia e tem necessidade premente dos dois trens do Comperj. A Petrobras, a sua parceira Braskem e o governo vão trabalhar de maneira forte e firme para manter o complexo como foi planejado”, disse.

Negócios da feira
A Rio Oil & Gas, feira internacional que reúne 1.300 expositores de equipamentos e serviços em petróleo e gás, terminou nesta quinta com um volume de negócios esperado para os próximos 12 meses de R$ 152,8 milhões, anunciou Bruno Musso, superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip). De segunda-feira (17) até quinta, cerca de 55 mil pessoas passaram pelos estantes no Riocentro.

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